Cada vez mais eu me convenço que o mundo digital está criando uma sociedade de pessoas imbecis e idiotas. Mas, por que dessa convicção? Poucas pessoas sabem expressar corretamente, escrever corretamente e se comunicar corretamente no Português Padrão. Como de resto os nativos de outros Idiomas.
Olhe esse espanto! Se não é de causar espanto. Uma professora do ensino médio, com alunos entre os 15 e 17 anos de idade contou-me que os alunos dela não sabem preencher passatempo de palavras cruzadas. Para tal entretenimento cultural, essa professora levou revistas de cruzadas para os alunos. Todos não sabiam como preencher! Espanto geral!
Vejamos o que disse Umberto Eco. Ele criticou as redes sociais, afirmando que elas deram voz a uma "legião de imbecis" que antes falavam apenas em ambientes limitados, como bares, e eram facilmente silenciados. Segundo o filósofo, a internet promoveu o "idiota da aldeia" a um "portador da verdade", conferindo o mesmo direito de fala de um Prêmio Nobel a qualquer pessoa, o que, em sua visão, é prejudicial. Ele também aconselhou os jornais a filtrarem informações da web com especialistas para combater a desinformação.
Umberto disse muito mais sobre a invasão dos imbecis nesse direito que se criou para muitos países democráticos. Há de se fazer esta distinção. Há nações como Cuba, China, Irã, Hungria, Venezuela, Rússia, onde o acesso à informação tem o controle do Estado. Ao modelo de um Big Brother. A busca feita por George Orwell com seu magnifico livro 1984, se fez no exemplo chinês. A China está na origem que propôs o expediente do chamado Grande Irmão, com o slogan- “o grande irmão olha por ti, irmão”-. Atrás dessa sugestiva proteção, estava a tirania, o controle total do Estado sobre os cidadãos. A inspiração do personagem de Orwell, do Grande Irmão, vem de regimes totalitários e tiranos.
O escritor quinhentista inglês, Thomas Hobbes (1588-1679), com sua obra O Leviatã, tem a mesma proposta. Autor desse contrato social, ele propõe então a criação e organização do Estado. E para quê? Para o controle das paixões humanas, dos conflitos sociais, dos desejos e instintos das pessoas na satisfação pessoal. Vem daí os ideais desse filósofo político do controle do Estado sobre os cidadãos. Nada mais que um Grande Irmão!
Façamos esse paralelo com a conquista de direitos sociais, culturais, de opinião e expressão; vide Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela ONU, 1948; e outros institutos de Direitos. Como fazer esse paralelo? Criou-se tantos direitos que esquecerem os deveres. Chegamos então ao descontrole do que é hoje a Internet. No caso do Brasil, tentam Congresso e Governos o chamado marco da internet, desde 2014. Não existe legislação robusta e parece impossível essa criação!
Olhemos com atenção ao episódio do uso das telas (celular e iPad) no ambiente escolar. Foi necessária a edição de uma Lei, nessa proibição, nesse controle. É tempo de refletir e buscar as causas de tão candente e gravíssimo embate. O embrião e gênese de toda questão estão nas famílias. Como proibir o celular para o filho se a mãe já é uma imbecil e abestalhada de aplicativos e redes sociais? Facebook, Instagram, Tik Tok, e outras besteiras gratuitas e idiotizantes de Internet? Impossível, Improvável de mudanças significativas.