O BRASIL é um país diverso e diferente em muitas coisas. Começa-se pela natureza, pela flora, pela fauna. E quando se fala em fauna, bem que poderíamos incluir os humanos. Imaginemos a fauna brasileiro, inclusos os humanos. Quanta diversidade. Poderíamos então discernir fauna dos racionais e dos irracionais, dos animais. Interessante que quando se diz animal, fica o entendimento que os humanos não são animais. Classificados são como animais racionais. O que mereceria uma reclassificação! Porque há gente menos racional que muitos dos brutos, dos irracionais. Fica combinado então que nossa diversidade científica e comportamental é enorme. Mas quero falar de outra diversidade.
A diversidade de que falo agora é no âmbito de como funcionam as coisas no Brasil. Mais especificamente na seara pública, da administração das coisas públicas. Quando nos referimos a República, a palavra lá na origem já se define, res publica= coisa pública. Agora imagine bem, qualquer gestor público deveria ter esta noção. É a gerência, a organização, a direção de tudo aquilo que não é pessoal, subjetivo, mas de todos.
Quando se estuda a política brasileira, ela se mostra com muitas esquisitices. Uma delas: um certo político quando condenado, raramente cumpre sua pena em alguma penitenciária. Deveria! Até com o objetivo pedagógico. Para coibir, frear que outros gestores públicos cometessem os mesmos delitos. Esta é uma das finalidades do código penal. A crítica que se faz é que as leis não são equânimes e isonômicas. Em outros termos, não possuem o mesmo rigor e justiça. O chamado trânsito em julgado se dá conforme o RG, o CPF, o RG funcional, a conta bancária, o múnus público exercido pelo réu.
Muitas dessas prerrogativas de que gozam os agentes públicos, os políticos, notadamente os que gozam do chamado foro privilegiado (exemplos: presidente da República, Ministros, governadores, congressistas) têm explicações que passam despercebidas pela maioria das pessoas. As leis, a constituição brasileira, os chamados regimentos internos das casas legislativas, como são criadas? São elaboradas com o propósito de proteger os seus autores, os próprios parlamentares (deputados, senadores). Tudo a ver com seus interesses pessoais.
Um modelo da esquisitice que é a política brasileira é daquele ex político, cujo mandato é cassado por graves crimes contra a Democracia, por corrupção e atentado ao chamado Estado Democrático de Direito. O sujeito tem várias condenações. Ok Justiça!
Entretanto, esse malandro, esse ladravaz, gatuno e quadrilheiro nunca vai para o xilindró. Quer mais uma esquisitice? Tem direito a ser presidente de partido político, salários vantajosos. E mais, promover campanhas políticas, à sorrelfa, ou até ostensivamente e indicar seus apaniguados e parceiros políticos em eleições. Só mesmo no Brasil. Jabuticabas