É de se perguntar: como se chega à formação integral de uma
pessoa. Grosso modo, pode-se dizer, a pessoa inicia-se na herança genetica. É
inegável esse patrimônio, essa constituição da pessoa. A genética é como se
fosse a fundação do indivíduo, em uma analogia na construçao de um edifício.
Mas, a partir dessa fundação e os projetos ulteriores, o erguimento da pessoa,
a estrutura fisica, organica; a sustentação dessa construção? De modo resumido
o indivíduo se faz então: Genética+ maturação física e orgânica+instrução vinda
da família e escolas+ herança cultural e moral familiar+ manutenção desse quase
arremate da formação integral da pessoa. O certo e aceito é que a pessoa nunca
se acaba a sua formação. Há uma contínua busca da perfeição/da excelência. Vamos
a algumas indicações da Literatura e obras nesta ilustração.
Na famosa escultura chamada Self-made Man, está escrito em sua base o pensamento: "Homem se esculpindo em pedra, esculpindo seu caráter, esculpindo seu futuro." A artista americana criadora da obra, Bobbie Carlyle( Loveland 1948-); nos remete à frase do filósofo e estadista Frederick Douglass (1818 - 1895). A árvore, símbolo de paciência e constância, nunca para de crescer. Assim também deveriam ser todos os indivíduos, em sua existência; na busca de alguma essência. A existência precede a essência- Segundo Filosofia de Jean Paul Sartre.
Não nascemos prontos, desde o nosso primeiro dia de vida até o último suspiro que daremos nesta existência poderemos desenvolver nossas capacidades. Infelizmente, por vezes nos aflige a ideia de que ainda não somos “bons o suficiente”. Acredito que todos nós, em maior ou menor grau, já nos deparamos com essa sensação de sermos incapazes de fazer algo. É um sentimento comum nos dias atuais, nos quais exige-se uma capacidade de produção e habilidades variadas em um curto período de tempo. Apesar disso, cabe a nós decidirmos o que queremos ser. Nesse ponto, portanto, precisaremos nos conhecer profundamente e decidir qual caminho desejamos seguir.
E assim, nessa sucinta resenha, chega-se ao parecer do título de Inutilitários e Estagnados Socioconstrutivos. Quantos indivíduos, pessoas na plenitude de suas forças físicas e cognitivas, mentais e intelectuais, se mostram autênticos inúteis. Fossem inúteis e imprestáveis para o seu micro meio social como família, condomínio, etc. Dava até para os compreender melhor. Muitos vão além, porque são inúteis até para si mesmos. Basta ver nessa consistência que eles não conseguem viver de forma autônoma. Não produzem e não proveem a própria subsistência. Tornam-se dependentes de outros como parentes e aderentes, cônjuges, arrimos para comer, dormir, vestir e ter assistência elementar de saúde e higiene. Eles se escoram em familiares, cônjuges ou namorados e no próprio Estado, porque costumam buscar esses benefícios e amparo.
Estudos e estatísticas mostram essa realidade. Condição presente e não exclusiva de Brasil. Mas, dada a natureza dos latinos, parece que há essa prevalência nessas terras de Pindorama. Os próprios censos do IBGE, mostram por exemplo os classificados Nem e Nem. Aqueles indivíduos que nem trabalham e nem estudam. E alguns portam mais um nem. Porque nem vontade e iniciativa têm dessa mudança. Três vezes NEM. Ah, e existem algum que tiraram diplomas de curso superior, Direito, Administração, Geografia, Letras, Engenharia. E não têm vergonha de nada produzir. Improdutivos, sevandijas recalcitrantes, parasitários, arrimados de parentais ingênuos e bonzinhos e até do Estado, de Previdência Social. Oh céus! oh vida! Oh azar! Lippy e Hard. Temos ainda os portadores da síndrome de Gabriella: indivíduos com pouca adaptabilidade e flexibilidade, nada mais justo do que fazer uma alusão ao trecho “Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou sempre assim…”, não é mesmo? Tudo decorre da chamada maldita herança genética ou herança social da família. Pais tabaréus, vão criar e produzir tabaréus.