Estágio prisional ao premeditado criminoso

 É por demais frequente a imprensa noticiar os tipificados crimes bárbaros ou hediondos. Ou nem tanto hediondo, mas aqueles crimes com requintes de crueldade e muita insensatez. Um estupro, um crime sexual, um feminicídio. Que nestes exemplos não deixam de ter certo grau de hediondez.

Vamos tomar aqui os exemplos dos feminicídios. É de se ver o quanto de desafio para um psiquiatra forense, um cientista médico como um neurolinquista ou psicologo de deslindar essas mentes criminosas. O que se passa na mente, no raciocinio desses facinoras, desses homicidas perversos e frios. E por que se diz neste tom. Em face do sofrimento que o sujeito ou ato perverso vai sofrer.

Porque além da pena a ele imposta, de restriçao de liberdade, caso do Brasil, onde não se tem pena de morte, mas, presa a pessoa perde o bem mais precioso da vida. O direito de ir e vir e tantos outros direitos. O indivíduo passa a ser como um autômato, um vegetal, porque o Estado passa a ter sua custódia. Além do que, cumprida a pena, é como se o “cidadao” recebesse um sinete, um carimbo de maldiçao perene. Onde ele estivesse, as pessoas olhariam e diriam, alí está um delinquente. Que crime cruel ele cometeu, hein? Qual é sua culpa?

Uma iniciativa ou experiência que poderia adotar um criminoso, antes do crime, seria ele pedir e passar algumas noites em uma cela, em uma penitenciária. Qualquer pessoa normal e com equilibrio de suas faculdades mentais e cognitivas, quando fica por exemplo restrita em um leito de hospital 5 dias. Olha o tédio que abate sobre a pessoa. Sofrivel. Para alguns existe até um diagnóstico, a sindrome do hospitalismo: ansidedade, fobia de morte!

Seria uma oportunidade desse inclinado criminoso repensar o seu premeditado crime. De 5 dias já traz tanta amargura, depressao e tristeza, imagine entao o sujeito passar anos, 10 anos, 20 anos recluso. E com todos os agravantes adicionais, a nostalgia, a perda do convivio com amigos e família. Não é pouco sofrimento e nada facil de suportar. Se bem pensada, a pena de restriçao de liberdade é a pior das penas, a pior vingança a que a pessoa está sujeito. É a vingança imposta (legalmente) pelo Estado.

Eu deixo entao aqui, nesta cronica, esta sugestao e esse alerta e conselho, a qualquer indivíduo antes de cometer os chamados crimes contra a vida. E mesmo qualquer crime. Porque se o condenado escapar da cadeia, ele vai ficar como que carimbado. E eternamente vai expiar e purgar pelo seu crime.

Seria alguma coisa  ou consequência semelhante ao judeu errante Ahsaverus. Só para lembrar: foi o judeu que desdenhou e negou ajuda e água a Jesus, quando este, o Filho de Deus, estava a caminho do gólgota, do sacrifício na Cruz. Ahsaverus, recebeu uma espácie de praga, de maldiçao eterna porque foi condenado a não morrer e correr o mundo inteiro, sendo rejeitado e escorrado onde quer que estivesse.

Ahsaverus

Misérrimo! Correu o mundo inteiro,
E no mundo tão grande... o forasteiro
Não teve onde... pousar.
Coa mão vazia — viu a terra cheia.
O deserto negou-lhe — o grão de areia,
A gota dágua — rejeitou-lhe o mar.                                         Castro Alves

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