Quando se quer transmitir uma ideia, ou mesmo um conhecimento filosófico, cultural, educativo, pode-se usar algumas imagens, algumas figuras de linguagem como a metáfora, uma hipérbole, um apostrofe ou de forma mais simples uma parábola ou comparação. Neste breve artigo falemos da educação oferecida aos filhos/crias da águia e da galinha. Grosso modo é do senso comum que a galinha tem a natureza da passividade e águia da ousadia ou perspicácia. Ao tema, portanto, sem rodeios.
É bem sabido, cientificamente, que a personalidade e arcabouço cívico e moral de uma pessoa se constituem de uma herança genética, pouco modificável; e de uma herança social/familiar muito determinante na constituição integral social/civilizada/cultural dessa pessoa. O padrão ético/social/cultural do indivíduo é tão marcante que pode corrigir ou deteriorar, inclusive, fazendo algumas influências na genética, alterações para o bem ou para o mal . A pessoa traz uma marca genética e a educação a modifica.
O processo ou padrão educacional dito de excelência de um filho (futuro cidadão da família e da sociedade) deve iniciar-se pelo chamado planejamento familiar nessa procriação. Nesses termos: pai e mãe aptos a essa paternidade/maternidade, programação na criação, no crescimento, na educação e formação ética e escolar desse filho (a). Aqui entram então as diretrizes ou princípios fundantes e determinantes nessa jornada, da chamada Educação ao jeito da Águia ou ao modo da galinha!
A Águia cria o filhote águia no sistema casal pai/mãe. Há essa concepção partilhada. Tem-se a gestação do ovo, a choca do ovo, nasce o filhote e pai e mãe o educam. O Padrão nessa criação e treinamento vai se fazer paulatinamente, de forma que ao final dessa jornada, o filhote já tamanho adulto, seja formado por repetidos treinos, com energias e encorajamento ao ganho de músculos, reflexos e habilidade para voar e ser uma nova Águia. Ousada, corajosa, eficiente e independente! Tudo feito de forma escalonada, conforme esse filhote águia, se torna Águia adulta, autônoma, caçadora e produtiva.
A galinha, de começo até que imita águia. Gesta os ovos, põe os ovos, choca os ovos, nascem os pintinhos. Atenção! Surge aqui já uma diferença, a galinha não tem planejamento familiar. Prole numerosa de filhotes, sem o galo que some da responsabilidade desse cuidado e educação. Muitos pintos em detrimento de qualidade de bem criar um filhote, dois filhotes à maneira da Águia.
Nessa continuidade da missão, olha quanto omissão da galinha, excessiva proteção das crias sob as suas asas, mimos demais e treinamento zero para virarem adultos fortes e independentes. Até que ensinar a ciscar e buscar alimentos a galinha ensina, mas as criam não vão passar de galinhas ou frangos de panela. Quanto diferença das Águias. Algum restaurante serve carne de Águia? Nunca se viu!
Chegamos então neste ponto a essa chamada parábola da educação padrão Águia ou educação padrão galinha. Fica fácil resumir que no padrão dessa admirável ave, símbolo de força, grandeza e majestade; os filhos ou filhas vão sendo criados, crescidos e formados com administração de limites do que pode e não pode, de senso de direitos e deveres desde a infância e preparados a uma vida ética, civilizada, produtiva, independente e descente. Generosos, operosos, voluntários e honestos em tudo.
A educação no padrão mãe galinha, se faz à semelhança dessa ave passiva, de voo rasteiro e dúbio. Ela é fecundada pelo galo ou nem isto mais precisa (no estilo galinha de granja). Ao menor estresse dos filhos, a mãe os recolhe sob suas asas e penas.
Os filhos dessas mulheres mães, estilo solo, visto muita vez. Ou mesmo com pais ausentes, se faz em excessiva proteção em quartos ou bolhas domésticas (estilo asas de galinha), com direito a celulares ou tablets. As comidas servidas, nunca requentadas, e as carnes de 1ª. Os sucos ou bebidas não devem ser muito repetidas! Perdem o gosto! Monotonia. São filhos que sequer são ensinados ou treinados nos cuidados de seu tênis, seus calçados que jogados ao chão ali ficam. Depois são guardados pelas próprias mães ou empregadas do lar. Não sabem esses filhos cuidar de banheiros ou sanitários emporcalhados; as roupas são tiradas e deixadas onde der!
E para concluir, são mães da educação padrão galinha que se negam a contrariar os filhos nos seus gostos e apetites, para tudo! Filhos nessa ausência de limites e treinamento que não podem ter frustração e nenhum sacrifício físico, nas responsabilidades mais triviais da quarto e casa onde moram, até virarem marmanjos. Muitas vezes, encontradiços esses tais, muitas vezes repimpados de músculos e gordura corporal. Porque costumam sequer gostar da fadiga e suor; de fazer alguma atividade física. Dieta e nutricionista! Costumam adotar! Mas, sem nenhum resultado saudável de médio e longo prazo. Apenas sazonal! Um casamento, uma cerimônia de fotos e vídeos. E olhe lá hein. Mas, tem explicação? Tem! Em geral, são mães galinhas e não Águias, por erro originário. Educacional!