Mais uma informação, relativa àqueles e àquelas pessoas aficionadas, apaixonadas, plugadas, ligadas como fraternos siameses aos seus celulares, às redes sociais, ao Instagram, ao Tik Tok, e todos os seus conteúdos fúteis, frívolos, inócuos, vazios e pueris.
Antes de citar a questão maior. O Dicionário Oxford/Britânico, é uma referência em palavras. Desde suas primeiras edições se constitui em uma fonte de consultas de palavras e verbetes. É editado no Reino Unido e fonte de consulta em todo o Planeta. Muito elogiável, quem assim o faz, porque retrata a verdade real e cultural dos consulentes.
Há gente que não conhece sequer um minidicionário brasileiro. A fonte de cultura de muitas pessoas adictas de smartphone e Instagram é a própria maquininha digital como seu apêndice anatômico. A internet, as redes sociais com seus departamentos, na maioria antissociais e contraculturais, estes recursos representam como que as escolas de grandes rebanhos de pessoas, que foram, digamos tragadas e engabeladas para os seus conteúdos frívolos diários. Basta um pequeno diálogo com os chamados “amigos e internautas” de um Instagram, de um tik tok, de pronto sabe-se seus qualificativos e gostos culturais.
Se se quer saber os qualificativos culturais ou contraculturais de alguém basta ler as repicagens de seus posts, o feed, o story, as imagens, os reels (de reles), as frases, as palavras mágicas e de ordem de suas redes sociais. Basta este trabalho. Qualquer pessoa é o que ela ama, que adora, que curte, com que se regozija e regala, seus gozos e satisfação, até com quem casa e vive juntos. O Instagram é o cartão de visita de quem o possui, de seus adeptos. E vale o falso, o fake, para os falsos e hipócritas. A começar pelas fotos postadas e maquiadas de muitas pessoas. Há gente que tem a insanidade e janotice de postar uma fotografia de 10, 15, 20 anos atrás. É muita estultice. Além de fake ideológica, é uma falsidade de imagem. À questão central:
Ao que cita o indigitado Oxford. A palavra ou melhor o verbete eleito em 2024 é Brain Rot. Tradução livre: cérebro podre, ou podridão cerebral. Significa como se segue:
“É a deterioração mental ou intelectual causada pelo consumo excessivo de conteúdos superficiais e pouco desafiadores, principalmente os de redes sociais.
Quando surgiu? O termo foi usado pela primeira vez em 1854 por Henry David Thoreau (USA 1817-1862), no livro "Walden", Life in The Woods, A Vida nos Bosques.
O autor (Henri Thoreu) criticava a falta de valorização de ideias complexas e comparava o "brain rot" ao apodrecimento das batatas na Inglaterra. É de se imaginar se Thoreau pudesse ressuscitar e viver em tempos de futilidades e niilismo de Internet e redes sociais do Instagram. Se ele vivesse hoje (era digital), e tivesse tendência psíquica, entraria em profunda depressão e desesperança com a espécie humana e morreria de tédio ou da própria síndrome depressiva. Melhor deixar quieto e como está!
O que se mostra concreto e já bem documentado é que vivemos tempos de pura inutilidade e um vazio gigante em todas as esferas das relações humanas. As futilidades, as aparências pela simples imagem, os diálogos e valores sem valores tomaram conta da agenda e diário das pessoas, grande parte da sociedade. Ressalva devemos fazer, porque como se estivéssemos em um deserto. Existe em toda essa aridez mentes e inteligências brilhantes, que bom uso faz das chamadas tecnologias da informação. Quantos não são os profissionais que divulgam ótimos e proveitosos textos, informações construtivas, técnicas e cientificas em suas páginas virtuais. Salva-se muita gente boa. É questão de separar as espinhas do peixe, o joio do trigo.
A maior preocupação da síndrome do Brain Rot, está com as novas gerações de pessoas, as crianças, adolescentes e jovens. Toda a tragédia de degradação social, cultural, ética, moral e de educação, advém dos próprios pais. Se uma mãe, um pai, já trazem o cérebro podre de futilidades, de reels (reles) putrefatos e vazios como vistos de redes sociais, o que farão a filha, o filho de 10 anos, 14 anos? Copiar os pais. Perdição e danação cultural irreversíveis. Imaginemos uma mãe ou pai que permite que uma criança de 12 anos, 14 anos já tenha redes sociais, whatsApp, Instagram. Pura instrução na formação de idiotas, retardados.
Imagine um cidadão que recebe um diploma universitário de Direito, de Engenharia, de Licenciatura. E depois vai ler autoajuda, mensagens místicas, doutrinas disso e daquilo, adestramento fantasioso, salvação da alma, explicação fajuta para certos desvios morais e sociais, etc. Imaginemos! Brain Rot. Charlatanismo e curandeirismo no mais alto grau: 10ª essência. É certo e bem sabido que a cultura de cada pessoa se faz buscando grandes autores, os clássicos de Literatura, das Ciências, da área técnica onde atua. Agora imagine ser discípulo, obediente, seguidor de certas celebridades que não detém nenhuma formação científica, técnica e cultural. Puro autoengano