SÃO enormes os avanços das Ciências e das Tecnologias. Basta como exemplo e tendo a Internet e redes sociais como meios de comunicação ao alcance de todos nós como cidadãos da Terra, este planeta, considerado como um só país, todos somos habitantes ubíquos do Planeta. Tudo que acontece nas beiradas da Terra, podemos nos informar de imediato via internet e redes sociais. “A Terra é um só país e os seres humanos os seus cidadãos “ Baha U’ullah.
Agora, cá entreouvidos, e falando baixo, o que nos espanta e estarrece é o baixo grau de civilidade, falta de cidadania participativa, deseducação e precária qualidade cultural geral, técnica e de conhecimento das coisas que afetam grandes rebanhos e multidões de gente. Esta consideração se refere à maioria, aos imensos rebanhos de gente de nossas cercanias, adjacências e condomínios. Existe uma estagnação mental e intelectual das pessoas nos projetos de ganho cultural e profissional.
Que a pessoa não queira buscar um aprimoramento cultural, intelectual e profissional, vá lá. É uma questão de escolha, opções e direito. E em se tratando de direito, cada pessoa de per si, deveria se conscientizar que o direito que ela traz de nada ser na vida e nada produzir vai de encontro ao dever de ela mesma não depender de terceiros (não importa quem), de órgãos de governo, do Estado esmoler, de concessor de bolsas, auxílios, de previdência social para sua subsistência, sua mantença nas carências mais primárias. De novo, em segredo, o quanto de gente robusta, corada, fornida, erada, repimpada de energia e adipócitos que nada produz, gentes que vivem como folgados e no estilo zangão da praça. Arre e cápside!
Existem muitos atributos que desqualificam uma pessoa como conviva de uma sociedade global e restrita. Para começo de conceito há as convivas de apenas o desfrute, seja este sóbrio ou opíparo. Algumas não se coram de serem até bem servidas. E servidas, não servem ninguém. Há léguas de distinção nos termos, serviçal, servível, servidora, subserviente, supraserviniente! Que cada um, com seu bojo de cooperar ou coonestar faça a sua escolha
A Sociologia e a Deontologia estudam os atributos e qualificadores do indivíduo no que concernem essas faculdades e torna-lo de padrão ouro em civilidade, em grau tolerável, em incivilizado e reprochável. Termos técnicos. Mas engloba uma classificação bem concernida e pertinente.
Em poucas palavras. Atentem! O homem ou a mulher em uma mesa de alimentar, o ritmo desse gesto comum aos humanos e aos animais; o quanto e meneios da mastigação e deglutição; o falar de boca cheia; a higiene bucal pós refeição. Ainda de grande relevo: o lixo produzido e seu destino; o seu WC antes e pós o depósito de excrementos; os cuidados de seus objetos de higiene pessoal. Entre outros gestos na convivência familiar, de hospedagem etc, etc.
Ainda na Sociologia podemos buscar a compreensão das pessoas. Além da Psicologia Positiva e Psiquiatria. Ao se deparar nas redes sociais, nas páginas das pessoas, do que elas ocupam, ficamos meio que pouco esperançados com o destino da humanidade, em nossas lídimas lides laborativas e recreativas. Lia ainda há poucos dias questões de Direito do Jusnaturalismo em contraponto o Juspositivismo. Buscar esses ensinamentos, ler interessadamente o que concebiam esses pensadores desses dois sistemas é como uma terapia cognitiva e intelectiva para nossas angústias frente à contracultura dos rebanhos de pessoas que se falam em suas mídias.
Na verdade, e ao certo uma autêntica catarse e purgação espiritual. Libertar-se dos continentes de opiniões da Internet com suas redes sociais. A busca por essas referências culturais e científicas nos desopila e desobstrui de qualquer pessimismo evolutivo e social. Não se quer propugnar a que as pessoas sarabandeiem em arlequinadas para opções digressivas em suas trajetórias mentais de gostos e qualidades duvidosas e apelativas.
Dias desses, contemplei admirado, um professor que opôs uma descompostura em certo aluno perguntador. Foi aquela espinafrada de idos tempos severos, quando o aluno apenas ouvia e nada perquiria do mestre. Ainda que sobejam conhecimentos ao professor, por que um aluno não perguntar? Ainda que o professor seja como um umbral de casas do saber, ele deve ponderar as invectivas dos pupilos. O seu múnus público não é ensinar, educar? Uai.
Nestes tempos intitulados pós-modernos pessoas de bom cabedal cultural, em Literatura, boa Leitura, Política, Filosofias, tornaram-se antiquadas para pessoas não aficionadas a esses domínios. Imaginemos uma pessoa que cite frases, ditos; nem de obras precisam, de pensadores como Voltaire, Racine, Saint Victor. Os cultores desses autores tornaram-se caretas se mostrar algum conhecimento e preferência de leitura fora de redes sociais: fofocas, baixo clero, vibrações energéticas e constelações como curas! Gentalhas e povileu!
Dia desses estive em um encontro corporativo, de interesse profissional e científico. Vários jovens e veteranos de variados domínios. Surgiram falas amenas e de cultura, as preferências de leitura, autores, influência. Citei Gustavo Flaubert, alguma citação de Anatole France e Ernest Renan. Ah, que viagem errática e imprópria foi a minha. Alguns renomados e vaidosos dos presentes viajaram na maionese e pisaram no tomate. Sequer sabiam da existência de alguns desses renomados escritores. Devem dominar os ditos realities shows, BBB, casa maluca, programentes televisivos. Arre! Vade retro!
O certo e constatado é que vivemos e partilhamos “pessoas modernas” com PhD e antenadas com os conteúdos da Universidade Internetiana e doutrina Social Retiana. Se não tenebrosa ou cinérea são tendências de degradação cognitiva e intelectual dos humanos. Muitos destes não vertem cultura redentora, eles são oriundos de guetos, grupos familiares com esses ranços e estigmas. Muitos desses tais e quid indivíduos falam como se viajassem como argonautas, em direção ao vale de ouro. São medalhões de fogo-fátuo.
Conforme pareceres e exegese de experts nessas evoluções, pode-se viajar o planeta, com destinos austral ou setentrional. Mais na direção hiperbórea, que a eurritmia é a mesma. O mesmo ramerrão de arrotos rebarbativos e intrusivos. São tendências de fim de tempos. Por que? Ninguém sabe ao certo.
Para arredondar este parecer a que fui acionado e já expelindo o meu rodaque, porque está aquela canícula de crestar até lagartixa, não pretendo enfunebrecer os ideais de pessoas que se dedicam à uma formação cidadã e participativa. Não! Remoto a isto! Digo o que disse com sem-cerimônia. Deixo de plano os meus prolfaças, minhas alvissaras aos que se tornam oásis nesse deserto cultural e formativo. Todos temos condições de alcatifar, de alfombrar os nossos caminhos, deixando aos que nos ouvem alguma coisa de útil, construtiva e transformadora! Há esperança no ar. Oásis de cabeças pensantes que leem boa cultura, bons autores, bons livros. Jovens promissores!