É MAIS DIFÍCIL TRATAR UM OBESO DO QUE O CÂNCER

 MEUS leitores e leitoras, em pergunto a vocês, como provocação: o que seria mais difícil? Tratar um portador de câncer, o portador de HIV, o paciente com síndrome de Parkinson ou o portador de obesidade pré mórbida ou mórbida? em seus variados graus? Vamos aqui lembrar no sentido de facilitar o raciocínio. A cura da maioria dos cânceres, vai depender do tipo celular (anatomia e citologia) e estágio de crescimento desses cânceres. O HIV não tem cura, mas controle absoluto com os chamados antivirais. Sobre a síndrome de Parkinson. Existe o tratamento medicamentoso e fisioterapia, que melhora muito a qualidade de vida. Alguns tipos têm indicação de cirurgia com cura plena.  Agora os obesos.

E o portador de obesidade pré-mórbida ou mórbida? Atenção! Leve-se em conta esse detalhe, está a se falar na pessoa e não na doença obesidade. Esse deveria ser o foco mais importante em qualquer conduta médica, a abordagem e consideração ao doente e não à doença. Se fosse tratar a doença, o médico teria menor importância. Bastaria ter os protocolos e manuais terapêuticos para cada diagnóstico: para o infarto do miocárdio, para a asma, para o diabetes, para o Parkinson, para cada câncer! Cada indivíduo reage de forma diversa às doenças. Nesse sentido até a inteligência artificial, sabe tratar as doenças.

Antes dessas doenças citadas e seus portadores, um pouco sobre obesidade.  O portador de obesidade é um paciente difícil de tratamento. Para facilitar, falemos tanto da doença em si, como do portador, os obesos e obesas em seus variados graus ponderais, tendo-se em conta a recomendação de peso ideal, previsto pelo índice de massa corporal ( IMC) = peso/altura em m ao quadrado. Exemplo, pessoa de 1,70m com 80 kg; imc = 27,70, (ideal, seria 25 ou menos). 80kg/2,89m2 = 27,70

Falemos sobre o porquê de ser o portador de obesidade o mais fracassado dos pacientes. Assim o mostram as estatísticas de seguimento desses candidatos a perda de peso, os ensaios clínicos horizontes de médio e longo prazo. Dentre esses grupos de pessoas estudadas estão as que submetem aos tratamentos, minimamente invasivos, como o implante de balões intradigestivos e as chamadas gastroplastias ou gastrectomias parciais ou os by-pass. Uma parcela significativa desses indivíduos tem reganho de peso em cerca de 2 anos. Alguns desistem do tratamento, pedem a retirada dos balões gástricos ou desfazimento do by-pass. Porque de fato tais opções de tratar a obesidade trazem efeitos colaterais, mal-estar digestivo e necessidade de restrição alimentar.

O tratamento da moda. Chegaram como altamente propagadas as tão caras e milagrosas canetas emagrecedoras. Canetas porque são medicamentos injetáveis prontos para serem aplicadas em belíssimas ampolas, em embalagens que de fato parecem canetas; multicoloridas que já têm certo efeito mágico e sugestivo ao paciente. A indústria farmacêutica já lançou a opção via oral, já pensando nas pessoas que têm tripanofobia (medo mórbido e real de agulhas). Laboratórios farmacêuticos têm a solução para todos. São criativos. Essas canetas têm contra si, o alto custo mensal, os efeitos colaterais, não podem ser usadas de forma contínua em razão dos paraefeitos. O resultado de fato existe! Entretanto, só durante o uso, tipo analgésico, findou o efeito volta a dor.

Como conclusão, a obesidade é uma doença crônica, grave, de difícil tratamento. Ela é genética e multifatorial. Seus portadores não têm culpa sozinhos. Tratar os obesos e obesas é lidar com comportamento, com atitudes, com personalidade, com estilo de vida. A maioria não tem cura. O que se pode buscar é minimizar ou anular o seu espectro de morbidades, que é amplo. É possível ser portador de obesidade e ter melhor qualidade de vida, ter bons indicadores de saúde e longevidade. Como recomendação às pessoas obesas é o cuidado com os efeitos da doença. Exemplos: colesterol e triglicérides altos, pressão alta, glicose sanguínea alta como evolutiva para diabetes etc.

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