Um fenômeno repetitivo nesses tempos de polarização politiqueira e ideológica, tem sido o uso das religiões, como suporte e escoras no engajamento e adesão das pessoas às propostas e falas de seus líderes e “chefes políticos”. Fenômeno esse muito praticado e observado com os chamados apoiadores e simpatizantes do ex presidente e agora condenado (trama golpista) Jair Bolsonaro. Temos assim os classificados bolsominions. A palavra, vem de bolso, de Bolsonaro e minion (anglicismo), de sentido pejorativo, servo, lacaio, servil, submisso, seguidor. Os lacaios e servos de Bolsonaro.
Esse segmento de pessoas que apoiam as ideias e pregações do ex presidente Bolsonaro, já vem sendo objeto de estudos de Sociologia, Psicologia Social e até Psiquiatria. E com motivos e fundamentos de sobra. Não se trata de fenômeno recente, mas que exacerbou nos últimos anos com os embates políticos e ideológicos, dessas figuras como Jair Bolsonaro e sua tropa de apoiadores, Donald Trump (EEUU) e outros autocratas como Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, Vladimir Putin, presidente da Rússia, Victor Orban, primeiro ministro de Hungria.
Essa salada entre crenças religiosas e política (ou politicagem, prática degenerada da Ciência Política) se tornou um fato prevalente nos simpatizantes e partidários do agora chamado bolsonarismo. O sistema comportamental e crenças “cegas” nas propostas de governança e administração do País, pelo agora condenado ex presidente Jair Messias Bolsonaro.
O instigante para os estudiosos do fenômeno, em se tratando dos segmentos religiosos ou não religiosos, mas no mínimo apoiadores incondicionados, é a convicção, a certeza e fé cega dessas pessoas, em que tudo pregado e propagado pelo ex presidente e seus acólitos próximos e familiares, que seja verdadeiro e incontestável. Tendo em conta os inumeráveis documentos e fartas provas dos crimes por ele, seus ex ministros e assessores diretos praticados (projeto de romper com a Constituição e manter-se no poder). Não importando para isso, até planos de assassinatos de autoridades.
Como se caracterizam esses grupos de apoiadores? Os bolsominions, como modelos, pessoas comuns e de todos os estratos socioculturais? São de extrema direita, são intransigentes, os que só falam e não ouvem, são reacionários e recalcitrantes, favoráveis à volta da ditadura militar, para solução de questões de saúde pública, educação e segurança, para isto adeptos de porte de arma de fogo para todos (à semelhança dos EEUU), contra as Ciências (anti-intelectuais); e se apresentam até com a camisa verde amarela da seleção brasileira: posam de “patriotas”.
E entra nesse sistema o suporte da Religião para esses seguidores e simpatizantes. O principal mote ou slogan é este: “Em nome de Jesus e Deus no Comando”. Ou este: “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”. Lema muito questionado devido à semelhança com o brado nazista de “Alemanha acima de tudo” (no alemão, “Deutschland über alles”). Mas, que se tornou um bordão do ex presidente Bolsonaro.
E assim, concluo essa digressão informativa e opinativa. Como imaginar Deus, Religiões em toda essa camarilha de criminosos, palavras não deste articulista, mas de nossa Suprema Corte de Justiça, o Supremo Tribunal Federal, nas pessoas de seus magistrados; que em um júri inédito, transparente e televisado para todo o planeta, julgaram e condenaram os espigões, os cabeços e líderes do grupo criminoso. Quadrilha que para tomada de poder, tramara executar até autoridades: presidente Lula da Silva, o vice Alckmin e o ministro STF Alexandre de Moraes!
É justamente esse fenômeno que intriga estudiosos e pessoas comuns. À luz de tantas provas, documentos, trocas de mensagens golpistas, de planos macabros, do uso delituoso de instituições e órgãos públicos, tramavam tantos crimes contra a Nação e as Instituiçoes democráticas. E vêm então, os pastores, os seguidores, os obreiros, os apóstolos, os “evangélicos”, em orações, todos “contritos” e subservientes, como ovelhinhas de um sistema criminoso. “Em nome de Jesus e Deus no comando”. Deus ou deus! Zeus, prometeu, socorram-me nessa dúvida.