Quando se fala em paz mundial, paz entre as pessoas, pode-se buscar muitas referências para sobre ela falar. Veio-me agora, à minha lembrança, a magnifica obra, do autor britânico Thomas Hobbes: Leviatã. Nessa descrição, o autor fala na verdade da organização do Estado, sobre a função do Príncipe como governante, e o poder que deve dar a esse agente de Estado, para controlar as massas, as pessoas, os cidadãos, os súditos; nos seus desejos, ambições, no comportamento em sociedade, se essa sociedade não tivesse leis, regras, um estamento, uma polícia, um permanente controle.
Vamos pontuar que Thomas Hobbes era de ideia absolutista, e defendia a força do Estado em controlar as massas, os interesses individuais e coletivos. E tudo visando o controle social, os conflitos. Uma ideia que ele expôs foi, entre ser o governante simpático, populista, carismático ou autoritário, qual melhor comportamento do governante. Para ele (Hobbes) mais severidade, menos simpatia e controle absoluto dos indivíduos. Reflitamos mais sobre suas ideias.
1. Materialismo
Hobbes é materialista em essência. Primeiramente, busca refutar a metafísica, ou seja, afirma que tudo tem existência material. Disso deriva sua visão mecanicista, em que todos os fenômenos são explicados por força e movimento. Daí que o sistema filosófico de Hobbes aplica esse fundamento não apenas para explicar a física, mas também a natureza humana e a política.
2. Natureza humana
Hobbes diferiu de Aristóteles. O filósofo grego defendia que o ser humano é naturalmente propenso a viver na polis, e não é capaz de compreender plenamente sua natureza até que exerça o papel de cidadão. Já Hobbes contraria essa tese: para ele, o humano é naturalmente inadequado para viver em sociedade julgando-se detentor de liberdade plena, ambiciona conquistar seus próprios interesses e prevalecer sobre os outros. Uma verdade incontestável, no dia a dia de cada pessoa.
3. Contrato social
Para Hobbes, “o homem é o lobo do homem”. Ou seja, segundo sua tese da natureza humana, os indivíduos, buscando realizar seus interesses pessoais, acabariam criando uma constante luta, uma guerra de todos contra todos (Bellum omnia omnes). Ao mesmo tempo, por sua natureza mecanicista, o humano é um ser de matéria que tende a continuar em movimento, e que a maneira de obter isso é preservando a própria vida. Portanto, o único jeito de impedir a guerra total é os indivíduos abrirem mão da liberdade em troca de segurança e paz, assinando um contrato social que transfira todo o poder a um único soberano/o príncipe, de Leviatã.
4. O Leviatã (Metáfora Bíblica).
Hobbes utiliza a imagem da besta marinha colossal do Antigo Testamento para ilustrar o poder do governo central, que pelo contrato social teria o dever de ordenar todas as decisões da sociedade, livrando os indivíduos de matarem uns aos outros. Por sua relação com a nobreza inglesa, o Leviatã de Hobbes seria a monarquia absolutista e centralizadora; todavia, a metáfora cabe hoje ao Estado de modo geral, seja ele democrático ou não.
Neste 9 de julho de 2025, completam 80 anos das bombas de Hiroshima e Nagasaki, lançadas pelos Estados Unidos sobre o Japão, II guerra mundial. Passado esse período, fica a sensação e que o homem com a selvageria da Guerra pouco aprendeu. Por que? quantas mini II guerras temos hoje pelo planeta a fora. Tomem-se os casos de Rússia xx Ucrânia, Israel xx Palestina (que abriga o Hamas); contra o Líbano que abriga os terroristas do Hezbollah.
Ao se lembrar do Holocausto de Hitler contra os Judeus/1939-1945, contra minorias como ciganos, gays, negros e outros grupos, não podemos esquecer que toda essa selvageria, essas tragédias humanas tiveram como mentor primeiro, uma única cabeça, um único homem, uma única liderança. Um homem, um psicopata, um déspota, um autocrata, um tresloucado no poder e tanta vilania, maldade, morticínio.
Analisando o cenário, atual, das guerras citadas, em andamento. Quem estão no comando, nas decisões desses conflitos? Um único homem, na Rússia, Vladimir Putin; em Israel, Benjamin Netanyahu. Mentes mórbidas, doentias que só pensam em si. Na vingança, na super retaliação, na antipatia, na intolerância, no aniquilamento do outro.
A pergunta que fica lendo Leviatã: qual príncipe hoje, poderia controlar esses líderes como Putin, Netanyahu, Donald Trump? A ONU? Eh, mas ela não tem valido nada. Ninguém, estado, leis, regras, convenções, pacto pela paz seguram a mente criminosa desses governantes, homens no comando de crimes brutais de guerra, terrorismo e execução de Estado. E imaginar que tudo vai caindo na normalidade. A normose psicopática dos organismos internacionais, que nada podem contra esses tiranos.