O CLIENTE E O GARÇOM

Estavam então, o marido, esposa e filhos no restaurante. Acabado o almoço, o marido, como de hábito, recolheu algumas migalhas de comida soltas na mesa, organizou alguns mínimos descartes da comida caídos à mesa, organizou talheres, copos e guardanapos e deixou bem facilitado o preparo da mesa pelo garçom (garçonete). E assim, ele –marido- fazia em todas as mesas de refeições, fossem de casa, festas, qualquer bufê.

A esposa e filhas em observação e inquiriram- Para quê! Deixe aí que o garçom pega, ele passa, ele trabalha para isso! – O marido então responde lhanamente. Ah, que isto, não custa a gente dar uma mãozinha, né. Tanta gente, o restaurante está tão cheio.

Nossos gestos e gentilezas, mínimas que sejam, revelam muito de nossa personalidade e nossa formação civilizacional, ética e social com o outro e meio ambiente. Seja este micro ou macro. Imagine você entrar em um sanitário e deixar suas marcas e lixos desacondicionados! As nossas atitudes e cooperação, espontâneas e simples, revelam muito o que somos. Fazer gentileza e o bem sem esperar retorno. Em Psicologia e Sociologia essa conduta se chama atitude ou conduta pró-social.

Empatia, humildade ( que é diferente de servilismo) e consciência social. O gesto do marido aqui citado e advertido pelos acompanhantes, servem no sentido de gentileza com o outro, facilitou o trabalho de longa jornada do garçom. Reciprocidade e proatividade são virtudes que devem permear as relações das pessoas civilizadas. As grosseiras, cascas-grossas não tem salvação. Foram assim criadas e toleradas pelas famílias e formatadas assim, ficam para sempre. Outro traço marcante e ético das pessoas educadas é espontaneidade e iniciativa voluntária em ajudar, em tirar uma mesa, em lavar as louças servidas.

São marcas de civilidade e gentileza esses gestos: chegou na casa de um parente, amigo, fez um lanche, um almoço; terminada a alimentação, não espera, ajude a recolher vasilhas, copos, talheres e lavar as louças. Outra marca de educação e civilidade: não deixar restos de comida no prato; quanta gente elegante, de celulares chiques fazem esses gestos de grosseria e desleixo.

Outra marca de educação e civilidade. Se a pessoa ganha um presente de aniversário. Retribua-o da mesma forma no aniversário da outra pessoa. Quantos pessoas se dizem amáveis e tão amigas, fraternas. Mas, sequer envia um cartão, umas flores, um brinde àquela pessoa. Receber e retribuir são marcas de civilidade e empatia com o outro.  

Existe uma outra marca de egoísmo, narcisismo e autoestima desproporcional. Aquela jovem (ou ele), que faz questão de que alguém lhe dê os parabéns de aniversário. Se se esquece, há um arrufo, um amuo, queixa até. “Nossa, fulano nem lembrou de meu aniversário”. São os propalados parabéns. Parabéns significa o que? uma comenda, um condecoração. Algo como tal. É de se perguntar o que essa impostora fez e realiza para ser condecorada em sua data natalina: hum! Que feito, proeza, atividade filantrópica, descoberta fez para exigir que ninguém esqueça seu aniversário e venha os mimos e parabéns?

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