A MORTE DO PAPA NOS TRAZ LIÇÕES DE VIDA
JOÃO JOAQUIM
O mundo ouviu e viu, 21 de abril de 2025, no Brasil, dia de Tiradentes, herói da Inconfidência Mineira; o mundo viu o falecimento do Papa Francisco, lá no Vaticano. Ele era o único Papa até hoje, latino-americano. Era argentino, Jorge Mário Bergoglio. Francisco foi um codinome em homenagem a Francisco de Assis; símbolo de humildade e fraternidade. Francisco de Assis tinha tanta conexão de humildade e reverência com a Natureza que se referia às formiguinhas como irmãs.
Pode-se dizer que os últimos 5 anos do Papa Francisco foi um certo grau de via-crúcis. Dado o agravamento de sua saúde. Viam-se sua fragilidade e vulnerabilidade nos últimos meses, em função de seguidas doenças respiratórias, pneumonias, artroses, dores, insuficiência respiratória e cardíaca. E mesmo em sofrimento, mantinha bastante lucidez e aparição em público, levando sua mensagem de fraternidade e paz ao mundo. São percepções e registro que se fazem independentemente de credo, de religião, de crença ou não em Deus. Faleceu de AVC e insuficiência cardíaca.
Tomando a morte do Papa Francisco como exemplo. E não só! Vamos incluir alguns poucos outros exemplos na História. O próprio Francisco de Assis, o Tiradentes, um Mahatma Gandhi, um Martin Luther King. Todos morreram como tantos outros humanos simples e anônimos. De doenças naturais, executados e assassinados (Gandhi, Luther King). O que se pode tirar de reflexões sobre o passamento desses personagens históricos. Vamos ver essa tese.
Quando lemos o Pensador Santo Agostinho (Tornado Santo pela Igreja Católica); temos lá sua obra intitulada Livre-arbítrio. O que seria a prerrogativa do Livre-arbítrio? É a faculdade de cada pessoa escolher o que lhe parecer bom ou ruim. Consciente e livremente, bem o diz a própria expressão, de livre vontade, de livre e deliberada escolha.
A referência feita aqui por Agostinho é na esfera anímica, superior, espiritual, da alma da pessoa. Mas, pode-se trazer a compreensão do livre-arbítrio, para a dimensão biológica, terrena do indivíduo. O que mais se crê tenha feito Deus, o sumo criador do Universo e todas as formas de vida? A mortalidade, a finitude. Com uma diferença: ao gênero humano, o dotou de uma alma, de uma inteligência diferenciada e superior a todos os outros animais. Para quê? Para que esse animal diferenciado pudesse reger sua própria vida e destino.
Em conclusão pode-se afirmar: todos os humanos são igualmente vulneráveis, à sua condição de mortais, de vulnerabilidade a doenças variadas. As possibilidades de cada pessoa perecer, de findar sua vida terrena são bem conhecidas pela própria inteligência humana, atributo Divino. São vários os fatores determinantes. Grosso modo, os mesológicos, os genéticos, os sociais, os emocionais, os biológicos, os ideológicos, os fisiológicos e até filosóficos e religiosos. As Ciências Médicas mostram esses riscos!
Em suma: o Universo é indiferente aos humanos. E por que? Imagine, se Deus fosse escolher esse ou aquele, ou aquela pessoa para a privilegiar, com uma longevidade diferente de tantos outros. Só porque essa pessoa, foi justa, filantrópica, bondosa, ética, honesta, caritativa, pacifista. Não e não. A lei da vida é para todos. Todos têm essa isonomia de fruição da vida. Mas trazem também o risco de morrer.
Atenção! Os leitores e leitoras para essa condição: quantas pessoas sabem dos gestos insalubres e mórbidos praticados. E os praticam, pelo simples e inviolável atributo do Livre-arbítrio. São escolhas livres, de direitos de cada um! Um registro instigante e curioso a se fazer: todos vivemos como se imortais fôssemos. Muitas vezes temos consciência e vivência da morte somente quando nos tornamos doentes ou acidentados. Não deveria ser assim. Ninguém deve, de fato, lembrar da morte diariamente. Mas, a prevenção é muito benfazeja.
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