Você faria falta se não existisse?

 Eu começo esta crônica com o título de um livro do filósofo e professor Mário Sérgio Cortella, aposentado da PUC São Paulo, youtuber, filósofo e comentarista da bancada do Jornal da TV cultura São Paulo. O Livro se chama “Se você não existisse, que falta faria, refletindo com Cortella? E vamos a partir dessa provocação, refletir mais.

Trata-se de uma realidade crua e instigante. Porque entramos com tal pergunta a um ramo da Filosofia ou Sociologia, do Finalismo. Finalidade das coisas (seres inanimados) e de toda forma de vida. Qual a finalidade de uma pedra, um rio, das rochas, dos lagos, da água, dos cristais, dos metais, das substâncias?  Se detivermos somente no chamado reino mineral, das coisas inanimadas. Atentemos para essas duas substâncias: o O2 e o CO2. O oxigênio é essencial à vida, a vida inexiste na sua falta. Imaginemos agora, o CO2. Se ele não existisse! Além de nenhuma falta, ele faria um enorme bem ao Planeta e à vida? Há de se analisar a sua falta porque ele entra na composição de muitos compostos químicos. Há de se avaliar a sua falta.

Vamos analisar outras duas substâncias. O álcool e a glicose. Se não existissem? Fariam falta? O álcool faria alguma falta; porque tem emprego medicinal e conservante. A glicose, de plano não faria nenhuma falta porque existem outras substâncias até mais saudáveis como a frutose, sua parenta natural, encontrada nas frutas.  Tome-se o caso de um alimento como o mel e um veneno, como o de um animal peçonhento. Sua existência ou não! No caso de um tóxico, de uma nicotina, de cocaína, de heroína. Se eles não existissem fariam um enorme bem para a humanidade.

Assim como analisado e considerado para os compostos químicos e os seres inanimados (sem ânima, sem alma) podemos tecer os mesmos valores e desvalores para as pessoas.  Entramos aqui no estado ou apreciação do Finalismo, ramo da Filosofia que se dedica à finalidade das coisas e pessoas. De começo devo fazer esta pergunta a mim mesmo (próprio). Se eu não tivesse nascido. Ou uma vez nascido, se eu morresse hoje; que falta eu faria ao meu microcosmo social? Minha família, “meus amigos” presenciais e virtuais, meu entorno vizinho, meu bairro, meu trabalho, se eu trabalho etc.; ? Por que há este detalhe, existe gente que integra a classe do top 3 dos nem. Nem estuda, nem trabalha e nem vontade tem de fazê-lo.  Oh, céus, oh, vida!  Oh, azar! É admirável e execrável, não ter sequer vontade de aluir, de se mover do status quo. É muita falta do que criar, pensar e fazer. Mas, há muita gente desse padrão.

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