OS BENEFÍCIOS QUE TRAZ QUALQUER ATIVIDADE FÍSICA
João Joaquim
Já vem de bastante tempo que se sabe ser a atividade física, os exercícios de toda natureza os melhores promotores de saúde e preventivos para muitas doenças, inclusive as neurodegenerataivas (demências, doença de Parkinson, derrame cerebral). Em especial na prevenção e no tratamento de doenças cardiovasculares. Não há que se duvidar, questão médica e científica; quem tem um bom sistema cardiovascular e um bom coração terá longevidade com qualidade de vida e estendida capacidade laboral, física e mental.
Muitas são as atividades físicas e fisioterapia que entram na reabilitação de pessoas acometidas dessas doenças. Que, sublinhe-se bem, constituem nas principais causas de invalidezes, sequelas e mortes no mundo. A hipertensão arterial, uma dessas doenças, afeta cerca de 30% das pessoas, acima de 40 anos de idade. E mais uma particularidade dessa grave afecção cardiovascular, ela é silenciosa, na maioria dos portadores. É de causa multifatorial, mas, o sedentarismo, a alimentação inadequada e hipercalórica, bebidas/cervejas e refrigerantes, alimentos ultraprocessados são coadjuvantes significativos em sua gênese e agravamento.
Um alerta significativo é quem tem hipertensão e faz atividade física. A recomendação é que a pessoa esteja bem medicada, com doses bem ajustadas dos medicamentos. Dessa forma, e com essa orientação médica, qualquer atividade física é até benéfica ao hipertenso e facilita inclusive a ação dos remédios anti-hipertensivos. Esse alerta é de enorme importância: nenhum hipertenso deve fazer atividade física sem estar em uso correto dos medicamentos. Há o risco de infarto, arritmias cardíacas graves e derrame cerebral, na vigência desse esforço. São causas de morte súbita, no sedentário e esportista.
Quais são as motivações. Que razões levam as pessoas a praticar atividades físicas. A primeiríssima motivação, a partida motivacional vem em grande medida da própria pessoa. Nos tempos digitais e redes sociais, todos sabem dos benefícios. Mas, citemos alguns. Como listados de começo, prevenção de doenças, melhora da aptidão funcional/condicionamento físico, perda de peso, busca de um perfil anatômico belo. Aqui pode-se falar o quanto essa vaidade, esses narcisos internos são bem-vindos e aflorados. Viva a vaidade anatômica, viva a beleza apolínea ou venusiana, nessas iniciativas, porque trazem também a beleza sanitária, longevidade com saúde.
A segunda partida motivacional ao indivíduo praticante de exercícios deve vir e com muita ênfase do convencimento e incentivo de qualquer médico. De qualquer médico de boa qualificação eticoprofissional se espera não apenas esse incentivo. Espera-se também o seu aval, sua avaliação da condição desse iniciante e/ou praticante de atividade física. O profissional de saúde pode até não ser o exemplo para o consulente/paciente (faça o que eu prescrevo e não o que faço). Entretanto, deve saber incentivar e prescrever a prática de exercícios como os melhores promotores de saúde e longevidade.
Existe um grupo de indivíduos que merecem uma interpretação à parte. São os sedentários. E pode-se dividi-los em subgrupos: os de higidez absoluta, os que exibem e “vendem saúde”. Os que em qualquer check-up nada apresentam de anormal: anatomia e função musculoesquelética; e são sedentários. Os chamados convictos e renitentes sedentários. E muitos portam outros fatores de risco/comorbidades. Neste grupo de pessoas, há algumas que costumam consultar, buscando um diagnóstico que os proíbam de fazer exercícios: neurologista, reumatologista, ortopedista; os mais consultados.
E acreditem, porque esses tais e quais desafetos de queimar suas gordurinhas e barriguinhas estão por aí, em nosso convívio, ao nosso redor. E surpresa. Muitos médicos proíbem-nos de fazer atividade física. É aquele joelho que doi, uma lombalgia inexplicada, uma herniazinha de disco, uma fibromialgia. “Ah, eu não faço atividade porque meu médico me proibiu’! Fica a pergunta: mas há tantos exercícios, semelhantes a remédios, cada um para certo perfil de saúde. Estranho, não! É inacreditável. Pois não é raro ver certos médicos já veteranos em suas especialidades, vedarem atividade física para seus consulentes/pacientes. Porque não existe apenas um tipo de esforço físico.