O que se passa na mente de golpistas e sublevados

E continuam os debates científicos, do porquê de certos indivíduos, levas de gente serem conduzidas a caminhos, projetos, emprego de energias, expertise técnica e profissional; na tentativa de um golpe de Estado, tomada de poder, instituições. Até, acreditemos ou não, ao custo de assassinatos de autoridades. A questão central aqui, nem é mais política ou administrativa ou funcional. Mas psicopatológica, de fato e de feito. 

A questão científica aqui levantada é de natureza psicopatológica e/ou psiquiátrica. Quais seriam esses mecanismos?  Os de o indivíduo com pleno domínio de suas habilidades cognitivas, seu bojo moral, sua noção de cidadania e ética, sua ciência do que seja lícito e ilícito, do que seja o padrão e conduta humana; enfim, o porquê dessa pessoa se envolver em empreitadas e projetos criminosos, altamente reprováveis e hediondos? Em face dos riscos de tudo vir a público, ao conhecimento das autoridades habilitadas! E a punição?

Neste momento, estou a lembrar de Michel Foucault e sua magnífica obra/teoria do Vigiar e Punir. Esses criminosos magnatas ao que parecem pelo comportamento assim estabelecido, sofrem como uma das hipóteses da chamada lavagem cerebral, da sugestionabilidade. Existe em suas mentes um viés do resultado favorável a eles. Qual seja, do golpe, do crime ter êxito, e ao final, todos compartilharem do “bolo” ou louros da vitória. Vitória criminosa, reprochável, odiosa, mas, na mente de tais pessoas, vitória. Que lhes importaram os meios! Às favas os meios empregados.

Ainda não acabam aqui as teorias dessa conspiração ou sublevação praticadas por esses recalcitrantes e abilolados seguidores, comparsas e parceiros da empreitada. Aqui, em se tratando de Brasil. O porquê de muitos desses indivíduos bem-apessoados e muito esclarecidos, muitos deles com boa formação escolar, técnica e militar, por que essa claque de gente engaja e expende habilidades técnica e profissionais em nome de um líder?

A resposta a esta segunda tese ou explicação seria a leniência da Justiça. É bem cediço e de senso popular, que no Brasil, poucos ricos e autoridades, como políticos, militares de altos coturnos ou graduadas patentes comprem penas de restrição de liberdade. Quando muito, têm passaportes retidos, prisão domiciliar e tornozeleira eletrônica. Ora bolas! Então, pensando nesse risco que não é grande risco vale a pena a empreitada de dar um golpe de Estado. Afinal de conta, no final, minha vida e carreira vão ser arrumadas porque serei amigo e protegido do chefe, do líder. Será?

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