Uma questão para qual faço uma reflexão com meus leitores (as) é a seguinte: o quanto nós humanos fazemos muitas coisas invertidas. Invertidas, insalubres e até perigosas. Quer coisa mais perigosa do que certos relacionamentos? São vários exemplos de pessoas que entradas em certas relações conjugais, a volta ou desistência é difícil, dolorosa e até impossível. Existe um interessante ditado assim: quem dorme com o diabo cria chifres. É uma metáfora bem a caráter nesse sentido. Quantas não são as pessoas homens/mulheres, que namoram, noivam e casam. Depois o cônjuge se revela todo seu potencial de maldades, de pessoa-problema, desadaptada uma tremenda mala sem alça.
Em Psicologia Criminalística existe a chamada síndrome de Estocolmo, queiram ver na wikipedia, por falta de espaço aqui neste artigo. Em resumo, é a disposição de uma pessoa em mãos do sequestrador, se tornar cúmplice e fiel a esse criminoso. Muita semelhança com certos casos de violência conjugal e doméstica (tipo a personagem Bela, do conto de fadas A Bela e a Fera).
No exemplo aqui proposto à reflexão, refere-se à disposição e comportamento das pessoas em lidar com os hábitos alimentares e cuidados com o corpo em períodos de férias, ou feriados e fins de semana. O que é muito comum de se ver e praticar? A pessoa nesses citados “descansos”, exagerar por um lado na ingestão alimentar, no estilo chamado pé na jaca, e pouca ou nenhuma atividade física.
Olha só que desastre! Uma absoluta inversão do que seria a normalidade. Ora, fácil entender! Se eu estou sem ocupação laboral, sem me ralar no trabalho, significa que estou com pouco, mínimo gasto calórico e energético. Nessa primeira reflexão: logo devo ingerir menos alimentos, menos calorias a acumular, menos ganho de massa gordurosa corporal. Se a pessoa ganhasse massa muscular com os alimentos seria o ideal. Aqui, é uma inversão da natureza, que não compreendemos o porquê!
Outra reflexão não menos importante. Se a pessoa está sem trabalhar- férias, folgas, feriados, fins de semana- Significa que há tempo de se dedicar um pouco mais a alguma atividade física, porque fala-se aqui no melhor impulsionador/promotor de saúde, atividade física, não importa qual. Eis que então o que fazemos? Vamos dormir mais horas do que o necessário e fisiológico, somada ainda à maior ingestão de comidas e bebidas, porque estamos sempre próximos desses alimentos, em casa por exemplo. E muitas vezes, nessa esteira insalubre, estão os filhos menores copiando esses nocivos hábitos dos pais.
A descrição aqui posta, desse insalubre estilo de vida adotado por muitas pessoas, vale sobretudo para o grupo de gente que se encontra com os seus quilos superavitários (sobrepeso, pesados, obesos mórbidos). Serve o presente texto em especial, para esse alerta a quem queira manter um peso e biótipo saudável. A Medicina e suas especialidades Endocrinologia/Nutrição, mais do que nunca, em especial pós pandemia da covid19 (março 2020-maio-2023), essas sociedades médicas, alertam: a obesidade é uma doença grave, inflamatória, com um leque de consequências de alta morbidade e mortalidade.
A boa notícia, pós esse alerta da gravidade dessa pandemia (obesidade) é que se trata na maioria das pessoas, de uma doença ligada aos hábitos de vida- sedentarismo e dieta hipercalórica.
Muitas e muitas pessoas obesas, o são não por um determinismo existencial. Ninguém, com raríssimas exceções (doença genética) nasce obeso (a). Verdade seja dita sem rodeios que a educação alimentar de pais e babás, entra nessa causa de obesidade adulta. Crianças e adolescentes obesos, obesos serão quando adultos, porque ganham uma enorme massa gordurosa nessa idade; a chamada obesidade hiperplásica (maior número de adipócitos). A prevenção da obesidade é um fato real e científico que começa nos hábitos alimentares dos pais, da família. Pais obesos por sedentarismo e dieta desbalanceada têm grande risco de criar e formar filhos obesos.