A instrução dos pais determina o caráter do filhos

“Todo homem nasce bom a sociedade é que o corrompe” (Rousseau). Quando se lê e se analisa Jean-Jacques Rousseau, na teoria do Bom Selvagem, é de se crer que ele falou daquele homem primitivo, da Selva, como uma metáfora para o homem de todos os tempos. Foi uma predição, preditivas ideias. Ele sofreu críticas quando elaborou sua tese. Voltaire mesmo. Foi sarcástico com Rousseau:

As ideias de Rousseau não foram muito bem recebidas por seus contemporâneos. Voltaire, seu amigo e certamente um dos filósofos mais espirituosos da história, não lhe poupou o sarcasmo: “Recebi, senhor, vosso novo livro contra o gênero humano. Obrigado. Nunca se empregou tanta sutileza no sentido de nos bestializar; dá vontade de andar de quatro, quando acabamos de ler o seu livro”. Palavras de Voltaire.

Fazendo aqui um paralelo, uma paródia ou réplica de Tese de Rousseau, com outros grandes pensadores: Aristóteles, Maquiavel e Hobbes. Todos descreveram a sociedade, os governantes e os homens em seus meios.

Nos tempos modernos, quando analisamos o caráter, a índole e conduta de muitos indivíduos, gentes boas, com boa formação escolar, altos funcionários de órgãos públicos e privados, pessoas comuns ao nosso redor, de nosso entorno familiar, com estreitas ligações genéticas. Aqui temos como um laboratório experimental das teses e teorias do Bom Selvagem de Rousseau. É de se ver o quanto uma simples análise empírica nos remete às concepções de Rousseau e Hobbes.

No modelo de Rousseau: Tome o microcosmo social ou meio ambiente familiar. A família é um excelente laboratório para mostrar o quanto é verdadeira a teoria ou princípio do bom selvagem. O quanto cada pessoa é o resultado imutável e irreversível da chamada herança ética social de um pai, de uma mãe. Muitos são os valores e atributos dignos e morais que além de não serem reforçados pelo pai, pela mãe, são desdenhados, vulgarizados. Fala-se aqui por exemplo da honestidade, da generosidade, da solidariedade, da correção moral da pessoa, com qualquer pessoa de suas relações, amigos, colega de trabalho, um correligionário. Quantos são folgados e deslizantes no trato com outros.

Tome-se a obra Leviatã, do Thomas Hobbes. É uma mostra bem elaborada do que vem a ser uma sociedade, sem “sociedade organizada” e gerida pelo governante. Todos iriam contra todos, conflitos, guerras. Tragamos as ideias de Hobbes em um paralelo para a vida comum. Imaginemos certos indivíduos se não fosse o Estado, a vigilância que existe sobre esses desadaptados homens e mulheres, gente aqui e ali de nosso meio genético, familiar, hipócritas!

Essa é uma realidade. Quando se busca a natureza antiética de muitos indivíduos. Há certos caracteres de pessoas que em se tratando de honestidade e ética, eles se comportam com a chamada ética da coerção. São o que são, e se comportam como honestos, porque têm medo da punição. Eles não roubam, não se tornam inadimplentes e não são mais caloteiros com pessoas e empresas públicas ou privadas pelo temor das provas contra eles, das denúncias, da punição, das câmaras e vídeos de plantão em vias públicas, nos ambientes corporativos e cenários sociais variados.

Voltemos então à tese e proposta de Rousseau para nossos dias. A família como o laboratório, o microcosmo social experimental. Um domicílio, uma família cujo chefe de família ou aquele pai que deveria ser a referência moral, mas acima de tudo educacional. Todavia, não o é. Ao revés. Ou melhor, esse patriarca, porque é o mais idoso da casa, vive no reverso, no estilo arrevesado de viver. Farras, orgias e libações etílicas; são sua centralidade de vida. Esbórnia, comidas e comidas. Comunicações e linguagens precárias, chulas, impronunciáveis. E todos os filhos e filhas engordados, criados, erados nesse caldo de cultura (ao estilo bacteriano). A pergunta: no que podem dar esses filhos e filhas formados nesse ambiente repreensível, de esbórnia, de prazeres etílicos e gastronômicos? Em bons caracteres é que não darão. Leiamos o Bom Selvagem! Vale a pena. Ou mesmo um espírita como Bezerra de Menezes, um Chico Xavier; ou um Mário Sérgio Cortella. Já nos ensinam muito nessa Pedagogia dos pais, boa ou má!

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