Qualificativos culturais de tempos digitais

 Quando se analisa os qualificativos culturais das pessoas, nesses cantados e decantados tempos digitais, de Internet e redes sociais, é de se perguntar: está havendo uma involução dos atributos humanos, no que tange à sua inteligência, QI, aptidão ao próprio crescimento, e evolução da espécie (humana)? Ficam esta sensação e percepção nos diferentes contatos que se faz com as pessoas dos estratos sociais, de profissionais, de gente que se diz ter concluído um curso superior. Superior, hein! Imagine os que não são concluintes de ensino em grau universitário. Ou como muitos falam alto e bom som, superior!

A coisa, ou melhor o cabedal e característico cultural e de conhecimento das pessoas se constatam assim:

v  Em uma fala comum, em um diálogo coloquial, amistoso, familiar. Se se cita uma informação que se supõe do domínio daquela pessoa, porque sabido que ela guarda um diploma de curso superior, Administração, Direito, Língua Portuguesa, Pedagogia. Exemplo, a forma de governo no Brasil, como se compõem os 3 poderes/Executivo, Legislativo e Judiciário. Essa diplomada pessoa se sente em uma saia justa. O diálogo tem que ser rebaixado, para um reality show, um big Brothers, uma rede social, um Instagram. E falar de ninharias, platitudes e futilidades. Aí a pessoa domina o assunto.

v  Se se fala de um autor comum, e dos mais populares do Brasil, ou que não seja, mas dada a formação desse diplomado superior, de igual forma, a pessoa franze o sobrolho, torce o nariz, desconversa e se viaja na maionese. A conversa tem que ser mudada de rota, porque a pessoa, formada em curso superior, Direito, Administração, Medicina. Ela se revela nunca ter lido tal autor: Machado de Assis, José de Alencar, João Ubaldo Ribeiro etc. Mas, conhece redes sociais.

v  Um outro demonstrativo. Algumas informações triviais de atualidade, o que se passa pelo mundo e suas causas, um conflito político, uma guerra, um conhecimento elementar de Física, de História, de Política. Uma palavra nem tanto erudita, mas no Idioma Padrão. Logo a pessoa (diplomada) franze o cenho, se mostra avoada naquele termo ou metáfora, e tem-se que mudar o nível da conversação.

 

v  E assim, nestes e outros termos e tendências, vimos o quanto nos sugerem involutivos (retroativos) os característicos e demonstrativos de cultivo intelectual, cognitivo e científico das pessoas. E nem se diz de pessoas menos letradas, porquanto certos tipos humanos por falta de interesse ou incentivo político, não quiseram ir além da baliza do analfabetismo absoluto. São milhões de brasileiros e eiras que se dizem conclusos no ensino médio, mas, sequer sabem uma equação de 1º grau, ou uma raiz cúbica de 27, que o losango tem 4 lados. Acreditem.

v  Porque na vida e na prática são analfabetos funcionais. Dê a algum rebotalho ou energúmeno que se diz ter concluído o 2º grau (ensino médio), um texto formal, um parágrafo de um bom jornal ou livro técnico.  Provavelmente vai supor ser outro Idioma.  Não entende bulhufas! E não ficam muito distante certos diplomados em Administração, em Geografia, em Pedagogia, até Direito. Diplomados. Eles fizeram o curso, costumam ter recebido o atestado de ordem (OAB, por exemplo) pós 10 tentativas. E nada além. E para se viver no chamado politicamente civilizado e de convívio com essas gentes? Há de estabelecer com normalidade essa relação.  Faz parte de boa “compliance Direitos Humanos. Dicas:

Assim, se pessoa de melhor cultura, de bom gosto pelo conhecimento e saber, se ela pretende viver no politicamente correto e enturmada com certos tipos sociais e profissionais, essa pessoa mais aficionada e de melhor cultura e formação escolar, terá que se inteirar do que está em moda, no topo dos gostos e preferência da maioria dessas gentes. Gente de Insta, de Face, de Tik Tok. Recomenda-se então, essa pessoa de boa convivência se tornar socialmente aceita e sociável, se inteirar do que se comenta e vigora nas redes sociais. Instagram, facebook, Tik Tik, rede xis. Etc. etc. Se assim, não for procedido, essa pessoa se tornará careta e “out group”. Evohé! Né mané! Porque mantidos os “qualifying”, as balizas ponderais, de novo, esse interlocutor se passa por retrógrado, retroativo, careta. Evohé, Arre! Oh, céus, Oh, Vida! Oh, azar.  A vida, o social, o cultural, o integral.

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