Estrovengas e Estrupícios

 Tanto a Sociologia e Psicologia Social, ao se depararem com os estudos comparativos do comportamento animal (irracional) e dos humanos, estes ramos científicos, perguntam: quem é mais racional? O homem ou o animal? Quando os vários feitos, expedientes, atitudes, decisões e escolhas das pessoas se nos apresentam, damos inteira e absoluta razão a estes abnegados agentes científicos, pesquisadores de humanidades (Sociólogos, Psicólogos e Antropólogos, por exemplo), estes que dedicam suas vidas ao estudo da “evolução do homem”. E é muito justo e meritório que louvemos a dedicação desses homens, incansáveis e curiosos na busca e deslindamento da natureza desse bicho chamado ser humano.

“Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis” Bertolt Brecht. Os cientistas de todas as áreas, são destes aqui lembrados por Brecht. A eles nossos encômios e louvores, porque dão suas noites de sono, de descanso, de festas e convívio familiar, pelo bem da humanidade.  Um belo exemplo, foram os biomédicos, virologistas e imunologistas que sintetizaram as vacinas da covid19, salvando milhões de vidas da morbidade e morte do coronavírus.

DOS COMPARATIVOS DOS ANIMAIS E DOS HUMANOS. Pode-se elaborar centenas de pequenos e grandes atos que desqualificam os humanos como racionais, inteligentes e superiores aos outros animais. Esse comportamento e gosto das pessoas, se tornaram fácil de análise na era pós-moderna pela vigência da Internet e Redes Sociais. Mais especificamente pela divisão podre ou ala antissocial das mídias sociais. Há que diferenciar:  existem a internet e redes sócias do bem, e as alas do fútil, do nocivo e tóxico. Veja o caso da chamada deep web e dos apps do mal, do chulo, do nocivo, do bizarro e idiota. Ao gosto e apreciação de vastas multidões de gentes.

Uma pesquisa de uma ONG britânica, que municia os referidos pesquisadores e cientistas de humanidades como os citados neste caput, discorre com propriedade e consistência, a respeito do decréscimo cognitivo e intelectual dos usuários adictos e dependentes dos objetos digitais, com destaque às telinhas dos celulares. Um indicativo dessa involução mental e social, é o fato inconteste do celular ter se tornado parte da anatomia corporal de seus hebetados (idiotas) possuídos. Surgiu esse novo diagnóstico, a ser incorporado ao DSM-V, a possessão digital, a exemplo da demoníaca.

Há que se fazer com coerência e razoabilidade (razão e cognição) esta recomendada indicação. Fazer uso inteligente, produtivo, cultural e informativo útil de um smartphone é possuí-lo. Isto é, ser o dono e usuário possuidor do objeto e não ser possuído pelo objeto e recursos da Internet. Possuir e não ser possuído, de forma escrava e servil os objetos de mídias e da Internet.  Muitas pessoas viciadas em celular e redes sociais, apresentam o que as Ciências chamam de possessão digital, com o mesmo espectro dos sinais e sintomas do transtorno da ansiedade digital.

A Sociologia Digital/divisão de estudo da Sociologia Geral e Psicologia Social, listam vários expedientes, gostos e aquisições que levam essas pesquisas e indagar e questionar a classificação do animal humano como racional. Abaixo alguns exemplos bem encontradiços e cediços de nossos tempos.

Atentem bem aos estrupícios e trambolhos que tantas pessoas adicionam às suas vidas. Geração e engorda de um filho, sem o devido suporte moral e intelectual e financeiro para sua instrução, educação e formação escolar padrão e útil. Quantas pessoas não caem nesta esparrela e canoa-furada! A vida está cara e árdua; a pessoa tem esta clara certeza; ah, mas eu quero criar um cachorro, um gato, um pet. Falta o que aqui? Planejamento, previsão de cuidados, dissabores, gastos, ração, higiene, privação do animal em apartamento etc, etc.

E assim, são outras opções e escolhas, estrovengas, estrupícios, privação, sofrimento, carência, compromissos infindos, promessas feitas. Pactos conjugais e depois depressão, ansiedade, vítima de desrespeito, adesão a dividas, boletos bancários, compras parceladas. E mais, repassar e compartilhar esses dissabores, trambolhos e fadigas a outras pessoas parentes e próximos. É demais viver tais vidas sem planejamento, previsões, organização. E falar nisso, somos racionais e inteligentes! Imaginemos, se não fôssemos!

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