A POLVOROSA E DOIDA NEUROSE DO ESTADO OFFLINE

 Não é de ver que parcela demonstrativa de pessoas entraram em certa neurose digital, com a suspensão do xis no Brasil. Xis é o nome doravante do ex Twitter, propriedade do bilionário americano, Elon Musk. O Sr Musk, que se tornou bilionário, por herança. Ele é oriundo da África do Sul, onde seu pai era empresário e explorador, extrator e predador de minas de diamante. Enriquecer com extrativismo mineral é uma forma legal e civilizada da predação. Dá para imaginar porque o homem se tornou dos mais ricos do planeta. Diamantes e ouro, pedras preciosas como esmeraldas e outras gemas extraídas do solo africano. Será que ele se lembra de suas origens, assim como de suas riquezas iniciadas na África?

Então, de momento temos essa epidemia aqui no Brasil, a neurose digital pela não conexão, estado off-line com o ex Twitter (agora atual Xis). E atenção! Trata-se de uma condição mórbida contagiosa. Assim que o ministro Alexandre de Moraes ordenou legal e licitamente, o bloqueio do Xis, os seus usuários entraram em polvorosa. E como bala dundum desferiu efeitos em vários segmentos sociais, “culturais” ou “antissociais”, politiqueiros e oportunistas.

Para os mais aficionados em cultura, em saúde mental, basta buscar e entender o que sejam as doenças psiquiátricas pela não conexão com certas redes sociais. Temos já definidas: a nomofobia, a fobia ou medo, ou neurose digital do estado off-line. A fomofobia, a fobia, o medo ou neurose digital da perda de um objeto digital de conexão. Ou seja, muita coisa a ver.

Existem certas ocorrências e efemérides no mundo atual que mostram bem em que estágio civilizatório encontram rebanhos e manadas de pessoas. Pessoas cativas, escravizadas pelo sistema capitalista e consumista de tudo quanto é perdulário, supérfluo, banal e desconstrutivo do indivíduo como pessoa humana e não fantoches, consumidores idiotas e boi de piranha.

Quem já leu receba os meus parabéns pela boa leitura, quem não leu que leia, a pequena obra de Ettiénne de La Boétie (1530-1563), filósofo francês do século XVI, foi contemporâneo de Michel Montaigne. Imagine que dupla, de alta sapiência! O opúsculo de Ettiénne se chama DISCURSO SOBRE A SERVIDÃO VOLUNTÁRIA. Pequeno livro, mas magnífico e atual. Como servir a uma ditadura.

O livro mostra o quê? O que acontecia nas tiranias da época, acontece hoje, em formato diferente, mas na ideologia a mesma coisa. Se existe o tirano é porque há multidões de gente que se propõem, voluntariamente, livremente a serem seguidores, fantoches, bobos da corte, aduladores, adoradores, protetores, asseclas. São os casos das ditaduras e autocracias de momento: Venezuela, Hungria, Coreia do Norte, Turquia, Irã, Paquistão, Índia etc.;

Com mecanismos e armadilhas diferentes, mas de iguais resultados, temos em nossa intitulada era pós-moderna as nomeadas tiranias ou ditaduras das tecnologias da informação, do entretenimento, do sexismo, das futilidades, das frivolidades, das excentricidades. Como já previa o escritor italiano Umberto Eco (1932-2016), e vem prevendo Michel Desmurget, neurocientista francês, estamos nos tempos dos idiotas e cretinos (as) digitais. Em profusão. Assistam-nos por exemplo no Instagram, no WhatsApp, no Xis, no facebook, no tik tok e sites de relacionamentos genéricos. Há de tudo e mais ao gosto do consumidor

Agora, imagine só, só ou acompanhado de pareceres idênticos. Um magnata como o sr. Elon Musk, dono do spacex, da Tesla mortor’s, do Xis –ex Twitter. Imagine um sujeito porque é um multibilionário, querer vir e impor seus negócios no Brasil, sem a observância, sem respeito às leis, a soberania do país, da legislação para negócios estrangeiros. E mais grave, com repetidas ofensas ao governo brasileiro, ao Judiciário Brasileiro, na pessoa do presidente do STF, ministro Alexandre de Moraes. Imagine! Louca e pura esquizofrenia no mais alto grau de se imaginar!

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