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OH AZAR POR QUE NASCI?

 UMA recomendação das mais construtivas para quem devota admiração, cultiva e lê o mínimo de Ciências de Humanidades, é estudar alguns dos ramos da filosofia à parte. Muitas são as pessoas, gentes escoladas e doutoradas em certas áreas profissionais e científicas que torcem os narizes e franzem os sobrolhos, quando o assunto é Filosofia. E não deveria, porque há Filosofia em todas as relações humanas, em todos os braços das Ciências. Até a Matemática, a Física e a Química trazem embutidas verdades da Filosofia. Ler Anaxógoras.

Muitas são as especialidades filosóficas. Uma amostra dessas é o Finalismo. Final ou Finalidade com distintas significâncias. Vários pensadores SE debruçaram, elucubraram e assentaram sobre o tema. Para melhor compreensão demos a esse conhecimento o sinônimo de Finalidade.

Doutrinas e seitas, crenças e irreligião. Não importa o que professa o indivíduo. O que de certo e consensual se tem é que cada entidade, física ou biológica traz uma finalidade quando de sua estadia no planeta, no universo (ou muitos universos).

Pensemos na Terra. O sol, os satélites naturais como a lua, os planetas, cada corpo terrestre ou celeste possui embutido e concretamente uma finalidade, um objetivo, um desígnio, um propósito. O que faz uma pedra, uma rocha, um penedo; tendo cada corpo desses colocados no planeta ou no cosmo? Todos cumprem a sua finalidade. Que finalismo traz a água? Fonte de vida para todas espécies de vida, inclusive hidratando o planeta, a terra, os minerais.

Finalidade das plantas? São múltiplas, além de decoração, estética, riqueza e diversidade nutricional de todas as vidas que dela sugam os nutrientes, a seiva, os frutos, a madeira e os princípios nutracêuticos e farmacêuticos. Na verdade e por justiça e honestidade com as plantas, elas vão muito além de seus desígnios e finalidade. Basta ver o quanto elas são parasitadas, esbulhadas, maltratadas, surrupiadas em suas economias.

Os indivíduos vegetais são vítimas de tantos parasitas, agentes nocivos, tóxicos, venenosos, abestalhados, os que vivem em detrimento do definhamento e atrofia desses vegetais.  Em pura relação parasitária. Estão para conferir, os vegetais daninhos, as epífitas, os parasitas, os folgados e aproveitadores dessa relação desigual. Melhor seria esses não ter vingados de suas sementes!

 

Concentremos por último nos homens e mulheres desse planeta, sejam do grupo LGBTQIA+. Não importa ser finitos ou infinitos, preferentes ou não preferentes!

Ao se deter e esmiuçar a finalidade de cada pessoa, cabem algumas perquirições. Sem inquisições! Direitos Humanos em ação! Sejam humanos tortos, desviados e desviantes. Ler mais em Anaxímenes, Aristóteles.

Em cada caminho, os seus caminhantes, já diria um Certo Dante. De per si, cada qual pode se perguntar: e se eu não tivesse nascido? Alguém, alguma casa, algum grupo, um gueto, um condomínio, um idioleto, um lugar ermo ou repleto, dariam falta de mim? Que falta eu faria se aqueles dois gametas tivessem perecido antes desse fortuito cruzamento e paridade?

Assim, levava sua vidinha, o Anacleto Moisés. Como zangão das horas ocupadas. Donde vim, onde é que estou, para onde vou? Anacleto Moisés encerra-se nesse concluir, sem concluir o seu desiderato. Posto que não tivesse vingado! Em que pese, se releve, por dever zelar do coitado Benjamim. Hum!

  Embriogênese vingadora! Nenhum acréscimo teria feito aos seus circunstantes. Além de nada gerar, nenhuma receita, a exceção da culinária ou esculápia, era não capaz de provimento em si e para consigo mesmo. Vivendo de veniagas, era assim o intimorato Anacleto Moisés, e toca a vida sem eira nem beira. E altaneiro mantinha-se ostensivo nas patuscadas, sem bônus, e sempre a custo! Mas, se refestelava.

De piercing no nariz! Sobranceira se avistava. Melhor não ter nascido. O absurdo da vida, estava estampado em Anacleto Moisés. Anátemas!  Anacleto, se cuidava de Benjamim era em furtivos átimos, Benjamim que um dia teve vida na baba. E na baba, se mutuamente regalava, porque admirava ter sido estilo Napoleão. Agora Benjamim de reminiscências se arrotava, se o fizesse, eram paupérrimas vezes. Anacleto Moisés, representava esse cânone. Tão sem signo, de insigne tudo deficiente. Melhor mesmo não ter emergido em sua fortuita senda. Determinista frugal. Sem fim, sem final, sem escopo, sem signo! Por que nasceu? Oh céus, oh vida, oh azar!

 João Dhoria Vijle

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