Este artigo escrevo-o como tema de Higiene e Dietética. Embora meio estranho, mas veremos que tem muito a ver e há conexão. O planeta inteiro ficou admirado de como um gigante avião da Japan Airlines, no aeroporto de Haneda/Tóquio, fez uma colisão com outro de pequeno porte; e, milagrosa e competentemente, essa big aeronave com 390 pessoas vira cinzas, esturrica, se faz em brasas e ninguém sequer tem ferimentos. Exato isto que escrevo: 379 viajantes, a maioria japonesa, mais 11 tripulantes. E ninguém sofreu arranhões.
Esse “milagre tecnológico”, de eficiência, competência, preparo e superação de limites; ocorreu com pilotos e comissários de bordo (todos japoneses) nessa tragédia material com o avião. O avião menor envolvido no acidente, era da guarda costeira, não poderia estar na pista naquele momento, levaria alimentos, suprimentos para as vítimas de terremoto ao norte do Japão. Havia 6 pessoas, 5 neste pequeno avião morreram na hora. O que extrair de lição e surpresa dessa tragédia, mais material que humana? Ei-las.
Os orientais têm o Japão como modelo de honestidade, disciplina, trabalho, preparo, prevenção e educação latu senso. As crianças desde pequenas são instruídas e educadas, inclusive no gesto, no ritmo e maneiras de se alimentar. Mastigação lenta e paulatina, ter o alimento como fonte nutritiva, de energia e saúde. Nunca ver esse hábito como fonte máxima e exclusiva de prazer, de regalos, festas e felicidade. Quanta diferença de nós, os tupiniquins e ocidentais de Pindorama! Há gente que repimpa de carnes, vacas, bebidas até adoecer!
E o cuidado com o lixo e os excrementos expelidos e produzidos? A relação de proximidade com os pets, os manejos da chamada biossegurança, a trato não promíscuo (de higiene) com os titulados animais de estimação. Não há contato de muita proximidade, não se vive e coabita com os bichos, como é de se ver aqui no Brasil em que os bichos são antropomorfisados. Há certos tipos humanos que casam os seus cachorros, aniversários de cachorros, velórios de cachorros! Brasil. São as chamadas nossas jabuticabas. Hajam jabuticabas!
As crianças japonesas são desde pequenas instruídas, ensinadas, treinadas, escoladas a cuidar dos pais e avós idosos, de pessoas frágeis, de ter um idoso como uma referência e guia de cidadania e exemplo moral. Há essa herança genética e social, se passa de pai/filho. Avós/netos.
Por fim, o aprendizado e ensinamento de como manusear, lidar e bom emprego fazer das tecnologias de toda espécie, inclusive e notadamente as da informação. É uma nação altamente tecnológica e digitalizada. Mas, para as crianças, adolescentes e jovens existem os critérios praticados e exemplificados pelos pais e mães e escolas. Os recursos digitais são ensinados. Mas, instruídos os alunos ao emprego do bom, do educativo, ao construtivo da pessoa. E nunca, nunquinha mesmo para futilidades, abobrinhas, o nocivo e frívolo. Nada de inutilidades e baixarias de apps e redes sociais. Quanta diferença de Brasil. Hein, sonho de consumo! No futuro, quem sabe! Pode ser! ]
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