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Dos brindes e Presentes oferecidos

 Existem muitas maneiras e vias de as pessoas revelarem o seu cabedal: seja de personalidade, moral, social e cultural. A internet e redes sociais, conquistas que marcaram o fim do século XX, e grande realce no XXI, constituem então as principais portas e mostras das pessoas exibirem esses qualificativos (ou desqualificações), acima citados. Nunca na História da Humanidade, as pessoas, graciosamente, se mostraram tanto o quem são, o que fazem, o que pensam das outras pessoas e da vida, através dessas ferramentas da tecnologia da informação. E tudo de forma grátis e instantaneamente.

Ler e ouvir, assistir aos posts e vídeos de infinidade de pessoas usuárias de internet e redes sociais, muito abaixo de desvanecimento nos dá engulhos e muito desalento, quanto aos conteúdos, às traduções e comunicações dessas mensagens. Para estudiosos de humanidades, redes sociais são um laboratório experimental, sobre a quantas andam as (des)qualificações civilizatórias, sociais e culturais desses indivíduos. E essas fontes informativas bastam para suas teses e pareceres de nosso estágio evolutivo. Não carecem de outros dados. Bastam os ali fornecidos pelas próprias pessoas. As pessoas não se pejam, não se vexam, não se ruborizam em mostrar intimidades, dados pessoais e suas entranhas!

Como menção inicial, muitos são os modos das pessoas se revelarem quem são e o que pensam e interpretam; e mais, de quem elas declamam e expressam que estimam, que amam, a quem querem bem, a quem são gratas e admiradoras. A propósito há uma comparação instigante sobre amizade. Existem os chamados amigos por afeição, por generosidade e admiração; e os por conveniência e interesse ou até os pérfidos e dissimulados (falsos) amigos. Assim, metaforicamente, há um amigo gato, aquele que como o felino, em uma ameaça qualquer, é o primeiro a se safar e defender sua própria pele. E há o amigo cão; o cão como cachorro amigo, em uma ameaça, morre pelo dono. O gato foge, o cão fica e até morre pelo dono ou tutor. Vem dessa natureza o adágio popular: é melhor ter um cachorro amigo do que um amigo cachorro.

Por fim, falemos aqui de uma maneira e símbolo de as pessoas amigas e parentais demonstrarem sua relação com outras a quem elas declaram amizade pura, amor e gratidão. Os presentes em datas festivas, aniversários, Natal e Ano Novo. Usemos o termo dádiva, porque tem a ver com dativa, dom ou donativo. Refere-se a algum objeto, um mimo, um brinco, um utensilio qualquer que vai ao encontro com o caráter, a personalidade, o perfil social e afetivo daquela pessoa dadivada ou presenteada. Nesse gesto, o doador (a) está expressando à pessoa presenteada o quanto ele (a) sabe de seus gostos, afeição (aficionada), perfil pessoal, social e cultural. Afinal ser amigo e afetivo é conhecer bastante a natureza, a personalidade, as preferências do outro.

Agora imaginemos aquelas duas pessoas de relações de proximidade, uma quase mãe da outra, uma quase irmã, uma quase tia, uma madrinha para afilhada, uma ex tutora para sua ex tutelada. Fala-se aqui de relações de intimidade de estendida longevidade. Então, vêm os brindes recebidos em uma aniversário, um Natal. Ou nem em datas especiais, mas como expressão de gratidão de algum benefício praticado e recebido desta agora pessoa presenteada. Pois bem, segura essa expressão dadivosa.

A pessoa recebe um embrulho de excelente grado, de feliz, surpresa e com suspense. Mas, quando abre, vê aquele trambolho, aquela feiura de objeto, aquele estrupício. Aquele utensílio (se assim pode nominá-lo) que nada verte ou tem a ver com o perfil, o gosto e status social da pessoa presenteada. Imagine uma moringa de guardar água “gelada”; um suporte horroroso e disforme para apoio de pratos e outras baixelas. Objetos que a pessoa presenteada nunca vai retirar embolorado dos armários para usar. Imagine, o interno, o recôndito da pessoa ao receber e se ver impelida e dissimuladamente se fazer gratificada e contemplada com tal objeto. Imaginemos a cena! Que pena dá! No mínimo, a pessoa doadora da dádiva é uma autentica sem noção e conhecimento da pessoa alvo de seus afetos e do presente. Acontece!

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