Com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, celebrada em 1948, pela ONU, cujo presidente de honra foi Osvaldo Aranha (1984-1960), muitos outros direitos foram sendo conquistados pelas pessoas. Aranha foi um diplomata atuante em prol dos direitos humanos, teve participação ativa na criação do Estado de Israel, defendeu a emancipação da Palestina, atuou pelo reconhecimento do mundo a essas pessoas, que até hoje (palestinos) parecem apátridas. “Quem você é? Ah, eu sou palestino, que país é esse? Não temos país”. Parece a terra do nunca, uma utopia, o não lugar. A Neverland, de Michael Jackson. Em tempo, personagem polêmico foi esse astro da música pop.
Por falar em terra do nunca, país do nunca jamais, remete ao livro de J.M. Barrie, terra de Peter Pan, o Sininho, aquele menino que se recusava a crescer, a se tornar adulto, uma insinuação à imortalidade, à vida eterna; porque se o sujeito se nega a adolescer e se tornar adulto, supõe querer viver eviterno, sempre. Já imaginou, guapo indivíduo e adolescente, inapto para a vida. Ele percebe que ficou barbado, meio calvo, robusto, marmanjo e permanece na esbórnia, no bem-bom, na leseira absoluta. É muita falta de óleo de peroba na tez. Basta pensar!
Vivemos tempos em que assistimos a muitos sujeitos parrudos, sarados, porejando energia e saúde. Mas, esfalfar e surrar o sapato, laborar mesmo, nada. E mais, há uns tais e quejandos que vivem na lacração, o diplomado se faz entendido de muitos direitos, degusta do bom e do melhor. Mas por que? Há gente que o sustenta, gente boba da corte, refém dos tais e quais só de loquelas e fabulações. Ops, Brasil, das esbórnias, dos sibaritas, dos porta-bandeiras de veniaga. E assim, vamos nós nessa saturação nitroglicerina e na maturação de tantos atrasos e Macunaímas. Que tempos sombrios e cinzentos vivemos.
Quando se fala em eternos meninos, eterna juventude, em elixir ou pílulas da longa vida, nos remetem tais pensamentos ao genial, ao polímata e fabuloso Oscar Wilde. Entre poesias, contos, artes, poesia ele é autor do livro O Retrato de Dorian Gray, o jovem que também viveu na esbórnia, e imaginou a eterna juventude. Ele vivia intensamente. Mas um dia olhou para o retrato e percebeu que até o retrato envelhecia. Vida envilecida! Vilanias das vaidades!
Direitos Humanos, grupo e instituto, assim o chamemos, instituto criado pelas OABs. Na defesa incansável dos direitos humanos, sejam humanos certos ou espertos, retos ou tortos. Deveria, certamente ainda o será, deverá ser criado o Instituto dos Deveres Humanos. Notadamente para certos humanos. Porque são os princípios dos pesos e contrapesos, freios e contra freios da balança, da conjugação e postulados da civilidade, da solidariedade, da generosidade, da fraternidade. Nunca aplicar a esperteza da farinha pouca o primeiro pirão é meu. Nunca!
No caudal e esteira dos Direitos Humanos vieram leis, normativos, portarias, legislação infraconstitucional com o objetivo de proteção das chamadas minorias. Como exemplos os negros, os pobres, índios, os favelados, os LGBTQIA+. Aos poucos esse grupo deverá deixar de ser minoria. Trata-se das preferências, até de opção sexual. Cláusulas pétreas! Sem contar ainda os chamados portadores de necessidades especiais. São pessoas que por doenças adquiridas ou sindrômicas têm algum déficit físico, cognitivo, neural ou intelectual. Laudatória essa legislação protetora e acolhedora dessas pessoas.
Agora, cá entreouvidos, baixinho e com certa contrição do socialmente correto. Observem aqueles grupos, aqueles indivíduos, que advindos de certos modelos familiares portam especificas síndromes! Não aquelas entidades noológicas ou mórbidas ou cifradas internacionalmente. Não. São as já estudadas síndromes sociais. Esses portadores, portáteis ou longânimes não vertem o menor pudor em se comportar como de deficitários fossem. O nosso IBGE já os catalogou. Os nem nem. Não trabalham, tiram um diploma e deixam-nos embolorados, são dependentes de arrimo de Estado, de acólitos e adjuntos familiares, de orçamento de orates, etc, etc. E eles não portam claudicação intermitente, episódica nem continua (não mancam). Existem ao nosso redor, à nossa volta, sevandijas, duodenal, digestórios, gozosos de todos os instintos primevos.