A humanidade ainda tem jeito

 Eu sou da banda ou facção dos otimistas, sou dos que pensam e consideram que apesar de tantas esquisitices e tantos fatos e tendências esdrúxulas e esquizoides, o mundo, a sociedade humana ainda têm jeito e salvação. E por que assim expresso e creio? Com tantos avanços, criações e tecnologias das Ciências; notadamente no âmbito da chamada inteligência artificial, muitas pessoas sabem bem lidar e separar o que seja característica e distinção humana do que seja máquinas, robôs, computador, artificialismo, materialismo. Frente a tudo aqui apontado, as pessoas não podem perder os sentimentos humanos construtivos para um mundo melhor.

E sobretudo, nesse vasto mundo das Ciências e das Tecnologias, o que seja consumismo apenas, escravismo do capitalismo e recursos e instrumentais que pouco ou nada representam em se tratando de formação ética, cultural, civilizacional, de convivência e generosidade entre as pessoas.

Nessa continuação do texto eu busco a simbólica e lapidar citação de Anne Frank, adolescente vítima do holocausto nazista: “Apesar de tudo em creio na bondade humana”: O Diário de Anne Frank (1929-1945). Essa adolescente, apesar de todos os horrores por que passou com sua família é um símbolo e consistência do principal desígnio e potencialidade do ser humano: a inclinação ao bem e ao virtuoso. O meio, a sociedade, fatores exteriores, ideias e espíritos diabólicos (político, falsas religiões, doutrinas, aliciamento e lavagem cerebral) sãos os agentes causais que tornam as pessoas más e destrutivas.

O mundo inteiro vimos assistindo os acelerados ganhos e recursos oferecidos pelas Ciências e pelas Tecnologias. Nunca vimos tantos progressos nas últimas décadas. São conquistas que melhoraram em muito a qualidade de vida, a produção e produtividade de tudo, incrementos quantitativos e qualitativos nunca vistos. Na indústria, nos transportes, nos meios de comunicação, na saúde pública ou privada. Recursos impensáveis na Medicina em todas as especialidades. Basta ver o quanto se melhorou na expectativa de vida.

Um setor que de certa forma inebriou e conquistou a humanidade inteira, foram a Internet, os recursos de informática, as mídias digitais e as tão propaladas, ubíquas e populares redes sociais. Facebook, Twitter, WhatsApp. E agora o crescimento e chegada da chamada Inteligência Artificial (IA); um já chegadinho de fresco o ChatGPT. Robô este capaz de fazer as vezes até de um psicanalista, um consultor qualquer. Tempos hipermodernos ou pós modernos.

Para concluir, sem delongas, eu tomo o mote e frase inicial, de que o mundo e a sociedade humana tem jeito e salvação. A par de tantas e quais conquistas, notadamente no campo das tecnologias da informação e redes sociais. Assistimos diuturnamente, um sistema típico de um consumismo e materialismo exacerbados e selvagem. Vimos, em se falando de jovens, uma pequena parcela de pessoas em fases de formação escolar e intelectual que por fatores intrínsecos e naturais e orientação das famílias bem estruturadas, vem sabendo tirar ótimo proveito e crescimento cultural, intelectual e profissional dessas conquistas. Constatação promissora, que salva a humanidade.

Entretanto, de outro lado, vimos e diariamente assistimos levas, legiões de jovens, de estudantes que se encontram perdidos quanto ao seu futuro, no que vão ser e querem para a vida. Primeiro para a vida de si próprios, depois o que querem de melhor paras as famílias de que foram criados e delas ainda dependem, e para o meio social, as cidades e o país onde nasceram. Um comportamento e expedientes bem marcantes dessa intrigante e curiosa realidade é que a maioria desses jovens estudantes, secundaristas e universitários, dedicados apenas às obrigações escolares, seguem estritamente os conteúdos das grades curriculares. Nada mais, e em grau mínimo ou regular de aproveitamento exigido para obter um diploma. Agem como no dever de compreender, quando compreendem um manual de instrução, para completar os ciclos de estudo. Imagine os profissionais que serão, quando e os que vão exercer a profissão em que formaram, porque muitos não seguem a carreira do diploma.

E para sedimentar e mostrar robustez do que querem e projetam esses jovens e estudantes, fora das horas de aulas e das tarefas escolares obrigatórias de casa eles estão sempre plugados em suas telinhas dos celulares, online nas redes sociais, assistindo a tudo quanto de fútil, vazio e destrutivo. E mais, se refestelam e chafurdam em libações etílicas e nos prazeres de tudo quanto é comida, carnes, churrascos, fritas, batatas e vacas. Que mundo e sociedade é essa hein!

Deus que me livre desses futuros engenheiros, advogados, arquitetos e médicos.

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