A formação do animal humano se faz em várias etapas que vão muito além do simples processo de gestar, engordar, amadurecer e torná-lo adulto. Com gente se faz diferente. Envolve o roteiro de criar + educar +formar, lato sensu. Etapas que exigem critérios éticos, civilizatórios, morais e formação cultural, técnica e cientifica e profissional utilitária; para si e para aquelas pessoas do convívio.
A família, os pais em especial, têm esta nobilíssima responsabilidade na construção e formação dos filhos. Muito além de direitos, esses pais possuem o dever maior em estabelecer limites, balizas, regras nas relações dos filhos. Relações sociais com membros parentais, com as pessoas do entorno familiar, com os idosos, professores e colegas de escolas.
Aos filhos deve ser ensinadas lições domésticas no cuidado do ambiente familiar de convívio, dos pertences e roupas pessoais, com o quarto de dormir, com os sanitários, com os objetos de uso pessoal e familiar.
Nesse contexto, nessa equiparação e analogia dos pais com função de um ourives, como um joalheiro, temos então aqueles genitores de variadas categorias. Podem assim, esses profissionais paternais irem desde os charlatões, os amadores, os inábeis na profissão, até os mais bem qualificados na nobre, na excelsa função de gerar pessoas, gentes, cidadãos. Revela-se, portanto, um cumprimento intransferível, inalienável, nessa que é a missão de um pai ou mãe.
Este é um emblemático problema da chamada pós modernidade. Vivemos tempos muito estranhos, bizarros e esquisitos, quando se fala em educação de filhos. Ela deveria ser o rumo, a salvação do homem, a redenção e dignificação de pessoa humana. Não tem sido assim. Vimos assistindo hordas de adolescentes, jovens, moços e moças despreparados para a vida ativa, produtiva, participativa. Indivíduos eternos adolescentes, os peter pan da vida. Resultado da (des)educação que recebem das famílias, desajustadas, plugadas na Internet e redes sociais, ninguém mais lê, ninguém mais elabora mentalmente.