MUITA INFORMAÇÃO E NADA DE EDUCAÇÃO
João Joaquim
Nunca tivemos uma era (idade de hipermodernidade) de tantas e tão rápidas transformações como esta (digital e/ou virtual) do final do século XX e início do XXI. O uso massivo da Internet e suas redes sociais tem a sua grande contribuição nessa aceleração dos fatos, dos acontecimentos, de tantas realizações na vida das pessoas.
Quando se fala em relações humanas elas são amplas, de todas as naturezas, porque elas se referem, ao comportamento das pessoas; e muitas são as chaves no estudo deste processo.
Como lembrado, a Internet e as redes sociais com todas as suas mídias, as plataformas digitais, somadas à televisão e telefone celular vêm sendo as grandes propulsoras nas transformações das relações humanas. Sejam estas no âmbito pessoal, no familiar, no profissional e nas corporações e empresas.
Uma consequência das chamadas tecnologias da informação (TI) tem sido a aceleração do agir humano. Ou seja: em palavras de fácil compreensão, tudo que se faz é para agora ou ontem, porque amanhã já pode sair atrasado. Vivemos a época da velocidade. Antes cruzávamos um oceano em 10 dias, uma semana, agora isto se faz em 12 horas, um dia. Antes a edição de um jornal, uma revista demorava 10 dias, 15 dias, para chegar ao leitor. Hoje, nem precisa mais de papel. Tudo é digitalizado e chega ao assinante em um minuto. Os fatos, as notícias, os conflitos de guerra, são transmitidos ao vivo para o mundo inteiro. A Internet e redes de televisão fazem esse papel. E essas empresas de mídia disputam parar ver quem faz melhor.
Em se tratando de ganhos sociais e Direitos Humanos houve grandes avanços. Basta ter em conta a aprovação de algumas leis. Como exemplos, o Código Civil, o Código de Defesa do Consumidor (CDC), o Estatuto da Criança e do Adolescente. O do idoso, a lei Maria da Penha, as apurações e punições dos crimes de corrupção, etc. Se bem que há alguns representantes do povo lá no congresso que acabaram com a operação lava-jato, de apuração de corrupção.
E já como fecho de matéria duas questões que tiveram grandes transformações: uma, na área de Direitos Humanos. Duas, nas políticas de Educação. Eu alinho-me com aqueles que defendem a criação pela OAB, , da criação da comissão dos também chamados Deveres Humanos. Todas as comissões de Constituição e justiça das casas legislativas criaram tantos direitos aos cidadãos, às minorias, aos negros e às crianças que esqueceram a outra ponta da balança como contrapeso. Dos Direitos e Deveres do Cidadão. E aqui desaguamos na questão maior, a Educação. Com tanta celeridade em tudo, com Internet, recursos de informática e de mídia, o quanto o Brasil piorou em educação, em cultura, em formação escolar, em qualificação técnica e profissional. Para essa constatação basta conferir os testes, provas e exames de aproveitamento desde o ensino fundamental (Ideb) até o ensino superior (Ecade). Estamos sempre do meio para baixo na tabela de classificação, ou seja, somos os primeiros dos piores. Basta ver como vêm saindo os alunos nos exames do Pisa, no IDEB, na Prova Brasil. Então fica a pergunta: em que tem ajudado a Internet e REDES Sociais? Uma explicação é simples: ninguém mais lê.