Passada a chamada época industrial e a Belle Époque (1870-1890), vieram outras artes e o desenvolvimento. Mas, também terríveis fatos como a I e II grandes guerras. Pulamos para as épocas de Rádio, TV, Velocidades. Internet e Redes sociais. Santo Deus! Quanta coisa para embriagar-nos. Tantos avanços! Apesar de tantos avanços tecnológicos, o homem continua tendo uma vida sem sentido, um vazio interior. Muitos indivíduos, homens, mulheres, jovens buscam mitigar esse vácuo de alma com futilidades e nulidades, porque são práticas que nada lhes acrescentam como indivíduos pensantes, mutantes! Homo sapens sapiens!
Quantas pessoas trazem essa nulidade espiritual e intelectual. Indivíduos que se comportam como autômatos, porque seguem o que lhes apregoam as tendências. A começar pelo que seja a centralidade de suas vidas. O ponto gravitacional de sua estada no mundo; mera existência, sem uma essência de algum significado para si e seus circunstantes! Ortega y Gasset (1883-1955) “o homem é o homem e a sua circunstância”
O instigante nesse vazio existencial de tantas pessoas, dá de se ver na busca enérgica por exemplo na satisfação de seus instintos primitivos como a satisfação dos sensores digestivos pura e simplesmente, além do objetivo nutritivo básico na manutenção de saúde e vida. Ninguém nega que todos temos que alimentar. Entretanto, muitos se empanturram de vaca, galinha, porco, feijoada, solução de caramelo e açúcar (Coca-Cola) como fontes máximas de prazer e felicidade. Propósito instintivo primitivo apenas! Ou não?
Quantas mulheres e homens buscam de igual forma nos instintos sexuais suas fontes de pleno prazer e felicidade. Retroagem aos neurônios reptilianos, nada além. Carl Jung, Adler, foram cáusticos nesse sentido. Instintos e máximos prazeres! Ler Kierkegaarden e Nietzsche, de igual maneira ajuda esclarecer. As sombras e vazios conforme dissertou Jung. O verdadeiro vazio vem de falta de um propósito de vida. Quando muito o do bucho e a lascívia. Horror!
Chegaram as TI, época digital, tantos anos pós Belle Époque! Quanto vazio de sentido. Quanta futilidade no embelezar as mentes e propósitos das massas. O niilismo chegou a tal obsolescência que vivemos a época de seguidos e seguidores. Os influencers. Deus! Oh Deus socorra-nos de tais e quais!
Com o advento de Internet e Redes Sociais, muitos dos vazios usuários e usuárias, adotaram uma nova religião. São os messias náuticos. Essa a nova conexão com o divino (d minúsculo). Cada qual no seu mundo sem sentido e um permanente vazio interior. De intelecto e de alma, valores morais e sociais.
Perguntado a alguns luminares, sábios e pensadores onde deveriam guardar o segredo da humanidade, disseram em uníssono. Dentro do próprio homem. Ele fala de tantos assuntos e não conhece a si próprio. No interior de seu coração pode-se guardar o segredo da vida e da sabedoria. A que ponto chegamos. Fala-se de tanta coisa e a pessoa não conhecer a si mesmo. “conhece a ti mesmo” Sócraes.
E assim caminham sem sentido vastas multidões de gentes, embevecidas, inebriadas pelas frivolidades desse mundo de inutilidades. O mundo do celular, o mundo das bisbilhotices, das ninharias, do niilismo, da vida estroina de cada um. Ninguém sabe da própria impermanência!
Faltam propósitos, falta honestidade interpessoal, colossal vazio tomou conta das pessoas. Ao se deparar com muitos e muitas no Instagram, vê-se o quanto todos têm em comum como proposta de vida e de existência: visibilidade, ser é ser percebido, permuta de infantilismo e puerilidades, meneios, status, fotos, comidas, vídeos, tudo reles e de porão. Nada além desse ramerrão.