Redes sociais como oficinas de frivolo-futilidades

 Quando se fala nos riscos da superexposição de crianças e adolescentes às telas de celulares, temos enfim, um belo exemplo no Brasil: as escolas municipais do RJ. Até quando? não se sabe, oxalá seja permanente essa proibição do uso de celular em sala de aula e recreios. É o que tornou lei na França. Onde proíbe-se o uso dos aparelhinhos durante as aulas e recreios.

Daniel Becker é um pediatra do Rio de Janeiro com severas críticas ao uso desmedido, não vigiado e não regulamentado pelos pais, do uso de celular pelos filhos menores de idade. Estudioso e pesquisador dessa maléfica relação precoce, dos aparelhos de mídias em baixa idade, Becker assevera: os danos cognitivos, os índices de depressão, de ansiedade, de transtornos alimentares, o bulliying e outras perdas afetivas e sociais aumentaram massivamente pós pandemia (cerca de 1500% de aumento), quando as crianças passaram a usar em demasia as telas digitais. Motivo: confinamento e liberação dos pais ao entretenimento (em casa) de celulares e tablets, games; e “aulas” via online.

Uma criança, os adolescentes expostos horas a fio ao celular, têm perdas de interação social, de não se habilitar a brincadeiras com outras crianças, a não fortalecer o desenvolvimento físico, cognitivo e intelectual. Todos os estudos e ensaios clínicos e sociais convergem na mesma conclusão. Famílias e Escolas sem regras do uso de celular e internet, estão a formar uma geração de “cretinos digitais; uma fábrica de cretinos digitais”; palavras do neurocientista Michel Desmurget, do Instituto de Saúde de Paris.

O que se tem de certo e concreto; nem se fala apenas de crianças de baixa idade e adolescentes, com suas já comprovadas perdas de inteligência, porque elas se tornam robotizadas, maquinais, não pensam, não elaboram, pouco raciocínio abstrato, tendo em conta que na Internet tudo se apresenta pronto e acabado (mal-acabado).  Temos, já prontos, rebanhos e rebanhos de adultos e veteranos (homens e mulheres); os nascidos e crescidos dos anos 1970 e 1980.

Essa geração de individuos, já crescidos e adultos quando surgiu a internet, se tornaram embevecidos, aliciados e picados pelos engodos, pelos chamariscos e encantos do celular, da Internet; e por fim das redes sociais: facebook, Instagram, WhatisApp. Ou seja, mesmo iniciados em Internet e redes sociais já adultas, essas pessoas (40 anos, 50 anos) constituem uma enorme legião de gentes adictas, viciadas e extremamente dependentes das futilidades e frivolidades que se têm em profusão em redes sociais.

Estudos e estatísticas desse massivo uso e vícios de Internet revelam que quanto mais desocupadas as pessoas, quanto menos intelectualizadas, sem um trabalho formal, mais elas se tornam usuárias fúteis e inúteis de celulares e redes sociais. Ou seja, palavras de especialistas e estudiosos, são os imbecis e idiotas das redes sociais. Basta ver suas comunicações, os seus gostos e likes em si. São as fotos, os vídeos, os posts, as cenas de infantilismo e idiotias dos variados gêneros: as comidas, as plásticas, os pets e suas habilidades, os silicones, os bumbuns, os seios turbinados, as roupas sumárias. Tudo sem-vergonha e sem pudor.  Tudo de horrorizar e corar as pessoas mais sérias.

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