A origem das plásticas e

Não foi sem razão, assim consentem muitos cientistas de Humanidades, sociólogos. O que dizem esses estudiosos e seus respectivos trabalhos sociais e antropológicos? O bicho humano é um animal de rebanho. Significa que levas e multidões de pessoas, indistintamente, seguem alguém, seguem uma tendência tida e proposta como a bola da vez, a escolha do momento, o apetrecho a ser comprado, a amizade a se manter, as relações afetivas a se cultivar.

Nesse cenário e natureza basta tomar alguns exemplos para nos convencer desse comportamento e aceitação passiva das pessoas; elas engolem goelas abaixo sem crítica e sem consciência. Propagandas, marketing, divulgação de alguma novidade. Alguém, algum sistema, algum algoritmo devem dar a partida, e a maioria tem o tutorial do que fazer, do que comprar, de como agir e comportar. Dois exemplos universais:

o gosto e atrativo das cirurgias plásticas. Alguém, em certo dia ou precisou ou alimentou sua vaidade com uma cirurgia reparadora ou estética. Foi o ponto de partida, milhares de pessoas passaram a desejar e submeter às mudanças de anatomia e até, acreditem, da fisiologia e de sexo. Tem até nome técnico redesignação sexual. Havia um desígnio original, a pessoa resolveu mudar.

 

Outro modelo bem cristalino e robusto do efeito rebanho, do faz aí que eu também faço de cá. O expediente e gosto das tatuagens. A prática da tatoo, iniciou ao que parece no Taiti, essa ilha do pacífico. Algum nativo tinha uma tatuagem, veio um astro e galã de Hollywood e copiou. Pronto! Bastou, vários outros copistas e arrebanhados adotaram as pinturas da pele. E o hábito, o gosto, os adereços tintoriais da pele espalharam mundo a fora.

Nenhum exemplo é mais consistente e convincente da natureza arrebanhada das pessoas do que a Internet e todas as tecnologias dela derivadas e dela congêneres. São os casos das redes sociais, dos aplicativos, dos chats, dos jogos eletrônicos e virtuais. Contam os bastidores da Internet que ela foi concebida pela Nasa para servir às forças armadas americanas. Os EEUU resolveram tornar a invenção de uso popular. Vieram então os empresários, os mercadores e pensaram em como escravizar, conquistar a adesão irrestrita e maciça aos serviços, entretenimento, lazer, frivolidades e futilidades dessas tecnologias.

 

Foi o mesmo que se deu com o telefone celular. O que se tem de concreto e funcional é que as crianças, adolescentes e jovens não usam os smartphones como celular. Usam-no como o fazem com um notebook, um tablet. Ele é um objeto para se manter conectado ao mundo virtual, às redes sociais, a tudo quanto é inútil, nocivo e fútil. Pouco de útil os jovens tiram do “celular”.

Nunca na História da humanidade, uma ideia, uma criação, uma invenção, uma tecnologia obtiveram tanta adesão como as da informação, de mídias e as redes sociais. É a quintessência da eficácia em se tratando de tornar as pessoas adictas e dependentes de um objeto, um recurso; como se tornaram as mídias, os objetos de informática e games. O resultado é que as pessoas se transformaram e trazem os celulares não nas bolsas, sacolas e bolsos, mas como extensão corporal, sempre grudado nas mãos. Todos devem e são adestrados para o permanente estado online; uma legião de escravizados e imbecilizados. Arre! Que horror! Vamos ler o livro “A Fábrica de Cretinos Digitais”, de Michel Desmurget (Instituto de Ciências da França).

 

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