Os pais como ourives na formaçao dos filhos

 A formação integral do indivíduo (a cargo de pais e escolas) pode-se comparar à função de um ourives ou artista plástico. De um ourives habilidoso sairá sempre joia. E dizer preciosa é redundante, porque joia é joia. À semelhança de um notável artista em produzir suas admiráveis telas. Neste mesmo comparativo, está a construção integral da pessoa. Aqui temos a sagrada missão de um pai, da mãe ou tutores e cuidadores, na geração, criação, educação, monitoramento, ensino e formação do filho.  A obra, ou melhor, o filho ou filha sairá de acordo com os qualificativos gerais dos pais e/ou tutores e cuidadores. Nessa teoria não há o que divergir, pensadores e cientistas da educação falam em uníssono.

Muito se fala, se disserta, se discute, se disciplina, se estabelece de como se deve educar o indivíduo, em se tratando de escolas. Como instruir e ensinar as crianças, adolescentes e jovens com vistas à sua formação tecnicocientífica: ensino fundamental, médio e superior. Está aqui a se lembrar os currículos escolares, as chamadas diretrizes pedagógicas, métodos educativos, os conteúdos das disciplinas, carga horaria, os códigos de conduta internos em salas de aula (uso ou não de celular, por exemplo, outras mídias).

Todos esses normativos e disciplinas, podem ser anulados ou de eficácia reduzida, se a família, os pais e/ou responsáveis pelo aluno (filhos, filhas) não cultivam os mesmos ideais e princípios educativos em casa. Basta imaginar se uma escola adota todas essas regras, mas a família é permissiva, tolerante, complacente e sem estabelecimento de regras de convivência, colaboração nos deveres pessoais e domésticos.

É muito útil ao entendimento não desprezar o que nos dizem as Ciências, como a Psicologia Cognitiva. Os estudos do Comportamento e a Neurofisiologia. O cérebro humano é muito mais muito plástico e susceptível ao aprendizado, quanto mais jovem for o indivíduo. Esse comportamento psíquico e neurolinquistico se mostra muito presente em se tratando de atitudes de civilidade, de ética e honestidade. Toda criança nasce aética, amoral e analfabeta. Os pais, a família e o entorno social, complementado por boas escolas, serão os determinantes na criação, na educação e formação desse indivíduo; tornando-o em uma joia ou admirável criação e obra de arte ou um bijuteria e quadro tosco e xucro. Ourives e artistas geniais.

Ora, vejamos as lições aqui postas. Não foi um conto ou fábula, mas o resumo do que nos revelam pensadores da Educação, Disciplinas e Ciências Humanas, como a Psicologia e Sociologia. Esse breviário de opinião dispõe de como se faz um bom ou mau cidadão, nos quesitos de civilidade, de convivência, de ética, de cooperação, onde quer que esteja inserido esse indivíduo e cidadão. Na família, nos ambientes corporativos, nas atividades produtivas.

Não é incomum encontrarmos famílias cujos filhos, são criados à revelia do que preconizam as boas normas científicas da formação integral da pessoa humana. Como alegoria pode-se afirmar que a educação de uma criança e adolescente se equipara à engorda, à criação, doma e adestramento de um potrinho, um cavalinho, um burrinho. Suas baldas, seus sestros, seus instintos selvagens e primitivos são dominados e inibidos enquanto jovens. Já crescidos, eles não se educam mais, não se amansam e não se domam mais. Xucros e selvagens continuam. Com crianças e adolescentes, humanamente falando e não educando a tempo, os resultados são os mesmos. As estatísticas e comparativos científicos não mentem.

A Filosofia Grega, na parte do Finalismo das coisas nos fala. Quantos são os filhos e filhas que criados e apenas engordados a esmo, se tornam em pessoas inúteis. Tanto para si mesmos como para os pais e responsáveis, que por uma e outra razão se abdicaram de bem educar os seus pimpolhos. São os inúteis e niilistas de nossa sociedade. E eles pululam por aí. Inúteis até para si mesmos. Porque dependem de outros, como pais, avós, irmãos, Estado, entidades, previdências para a própria sobrevivência! Oh céus! oh vida, oh azar- Lippy e Hard.

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