Sempre que ouvimos noticias policiais, criminais, atitudes de violência; muitos de nós mais pensantes e reflexivos temos a oportunidade de espantar, de sobressaltar e estarrecer. E por fim perguntar: mas o homem, o brasileiro por exemplo não foi tipificado como um homem cordial? Onde está a cordialidade humana? Este titulo foi concedido pelo escritor e historiador Sérgio Buarque de Holanda. Em seu livro Raízes do Brasil, o autor discorre sobre a contribuição do brasileiro na constituição da humanidade. Assim, vejamos.
Vários são os críticos e analistas sociais que estudaram e estudam as obras de Sérgio Buarque. Na mesma linha de trabalho e temática temos a obra Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre. Freire foi um destacado cientista social da Educação. Uma ótima referência nesse contexto é seu livro “A Pedagogia do Oprimido”. Somos uníssonos de que a educação salva o indivíduo.
Mas, em se falando de homem cordial. Seria esse qualificativo cordial, dotando o homem brasileiro como um indivíduo generoso, magnânimo, altruísta, solidário, fraternal? Às vezes sim, à vezes não. E por que assim e assado? Como o passar dos anos; tendo em conta que Hollanda publicou seu livro em 1936 (1ª edição), vieram diversos estudos, análises, pesquisas sociológicas e psicológicas e muitos analistas entendem que o cordial referido por Sérgio Buarque diz respeito não a um homem generoso e solidário. O cordial estaria muito mais para um indivíduo passional, reativo e vingativo. O brasileiro é um sujeito capaz de revindita, de retaliações, de vingança e desforra. No popular: aquele que não leva desaforo para casa, explosivo, imprudente, responsivo.