O descenso da educação brasileira

 Quando se lê, se estuda a evolução de nossa Educação, pessoas que sabem o valor do que seja a formação integral do indivíduo, ficam afetadas e impactadas, negativamente ou esperançosamente, com o que está se passando com nossa juventude. A se falar e tratar aqui da instrução, da formação e construção da pessoa, a partir da infância, considerando essa criança e jovem como um futuro cidadão (cidadã) em um sujeito participativo, laborativo, profissional de qualquer atividade; enfim, uma pessoa independente, produtiva, cooperativa, bem preparada para os embates habituais da vida

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Chega a ser estarrecedor as pesquisas e informações sobre a quantas andam nossas instituições de ensino, em todos os níveis, e os respectivos alunos delas egressos, os recém formados. Referidos estudos e dados vêm desde o ensino fundamental. Sãos como modelos os testes aplicados em alunos do 4º e 5 anos do fundamental, com os conhecimentos elementares de Matemática e Português. Esses testes de avaliação de aprendizagem e conhecimento, na maioria, estão estagnados em 10 anos, comparados a outros países como Coréia do Sul, Suécia, Noruega; listados no topo de IDH.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE- sediada em Paris, foi fundada após a 2ª guerra mundial- Seus objetivos são cuidar do meio ambiente, promover políticas públicas de promoção educacional, social e econômica. O Brasil, de há muito reivindica o ingresso na organização. Todavia, não preenche os critérios. Entre esses critérios desaprovados estão os maus tratos ao meio ambiente (devastação da Amazônia, queimadas, extração madeireira); investimentos precários em educação de qualidade, não combate à fome e desemprego, corrupção, malversação de dinheiro público, crise política.

A questão da Educação Pública no Brasil é crônica. Não importam os governantes vigentes, os partidos políticos em ação, os agentes públicos e suas crenças e ideologias. Se entra um chefe de Estado de esquerda, este e seus acólitos, apoiadores e coligados tudo fazem para igualar nossos cursos de Medicina, Direito, Odontologia e outros aos da ditadura cubana da dinastia dos Castros (Fidel, Raul e herdeiros comunistas). O mesmo se dá em todos os níveis escolares. Vem um chefe de Estado, destrambelhado, inepto e incapaz para o cargo. Por vingança e retaliação, desfaz os feitos bons que o anterior fez. E assim, o País continua no mesmo reco-reco, no mesmo ramerrame, de não sair do mesmo lugar social, econômico, ambiental e educacional. Só frustração!

E já quadrando essas considerações de Educação e Desenvolvimento. Ao se ver a classificação ou escore de nossas Universidades Públicas, tem-se uma ou duas entre as 200 melhores do mundo, quando Austrália por exemplo tem 10 ou mais. O exame nacional do desempenho dos estudantes -ENADE- de ensino superior, nos dá outra mostra do que é nossa qualificação cultural e educacional. Esse exame indica a qualificação de alunos e instituições desses educandos.

São muitos os indicativos e demonstrativos do desprezo das famílias, de pais, de escolas, de governos, dos próprios estudantes por cultura, conhecimento, formação técnico-científica e profissional. Imagine, um advogado recém formado que mal sabe fazer uma petição, um médico, um dentista, um engenheiro que não sabe redigir em bom e correto Português os seus laudos, relatórios e pareceres. Imagine um advogado, uma advogada, que na sustentação oral troca o Pequeno Príncipe, de Saint Exupery pelo Príncipe, de Maquiavel. São revelações da cultura do copia e cola, dos trabalhos de conclusão de curso (tcc), das leituras de redes sociais como face e Instagran, do dr google, etc. E nessa tendência, do império do sistema de consumo do fútil, do inútil e inconsútil, da escravização e mercancias do digital, do virtual; aos poucos, de forma gradual, iremos nos chafurdando em um mundo onde todos somos usuários do sistema reinante – capitalismo selvagem, da lavagem cerebral, da manipulação das consciências e cognição das pessoas. Triste mundo. Socorram-nos Atenas e Minerva!

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