Um fator fundamental em qualquer bate-papo, qualquer diálogo, é a identidade nos assuntos tratados, entre os interlocutores. Não importa em que circunstância, o cenário, a natureza do encontro e reunião das pessoas. Uma festa, um aniversario, um lanche ou almoço>jantar com amigos e amigas. Essa identidade da conversa, das ideias, das trocas de informações constitui, digamos assim, o tempero principal dos diálogos. Essa identificação do que se fala é tão importante que existe um princípio ao se fazer uma palestra, o princípio de uma linguagem conforme o grau cultural e formação escolar dos ouvintes, da plateia nessa audiência.
Esse princípio da identificação temática
(afinidade das ideias, conhecimentos entre os interlocutores) se mostra a mais
eficaz estratégia do palestrante com seus ouvintes, telespectadores. Basta
assistir a uma exposição de determinado assunto ou conteúdo pela televisão, em
um vídeo, no youtube (youtuber) ou mesmo de forma presencial: uma aula,
demonstração técnica ou cientifica qualquer. Quanto mais clara, mais
inteligível, menos tecnicista ou erudita a linguagem mais interesse as pessoas
terão nessa apresentação.
Assim, expostos os fatores de sucesso nas
falas entre as pessoas, enumeremos os desastres, os tédios ou mau-gosto que se
dão em muitos encontros de pessoas com níveis culturais e escolares muito
diferentes. Ou até melhor explicado, admitindo que com perfis sociais e
escolares idênticos, todavia com preferências culturais e de entretenimento e
gostos desiguais.
Assim, pode-se ter pessoas com idades
próximas, formação escolar de mesmo grau, mesma atividade profissional.
Entretanto, domínio cultural geral bastante desnivelado. Com essas
possibilidades de encontros pode-se imaginar o que se passa na mente, paciência
e humor de uma pessoa de elevado cabedal sociocultural e escolar em um diálogo
tête-à-tête com outra com preferências bem díspares e assuntos bem estranhos ou
fora da preferência do outro.
E aqui, embora em teorias ou exemplos fictícios, mas estes são encontradiços e temos que muitas vezes suportar o massacre e falta de sentido das falas. Imagine, aquela jovem ou senhora balzaquiana, toda elegante, de lantejoulas e perfumada que senta ao nosso lado, em certos festivos, aniversários, Natal ou Ano Novo, uma comemoração familiar. Não importa. Temos que aturar e suportar. Um dos assuntos, os posts e vídeos de redes sociais! E não infrequente a pergunta: você viu tal post, tal vídeo, tal notícia do face, da whatsapp? Dá para imaginar a cara franzida ou pálida do interpelado, porque não é dado, chegado a tais likes ou curtidas de internet e redes sociais dessa outra pessoa.
Uma outra possibilidade temática, muito
frequente nesses momentos são os pets e suas habilidades, seus enleios e
meneios, as cabriolas de volatim que os “” filhos quadrúpedes”” fazem na
interação com seus “” pais humanos””, as fotos dos bichos no instagran, as
reações dos bichos quando querem os petiscos e outros comportamentos. Imagine a
cara, as rugas e tédio desse interlocutor (a) que não é aficionado ou curte ter
animais presos em gaiolas, em restritos apartamentos, etc, etc. Olhe a
denominação: animais de estimação. Imagine se nao fosse, o que seria feito para
os animais.