A pandemia da obesidade

 Sempre que uma pessoa pública, muito midiática, comunicativa  e formadora até de cultura e opinião, sempre que ela passa por algum revés de saúde, de um atendimento emergencial, esse evento inesperado, esse personagem têm um impacto social, pode-se assim dizer, até de utilidade pública. Porque reaviva na memória e conhecimento das pessoas a importância da prevenção e cuidado.  É o exemplo, em destaque da vez, de nosso querido e popular Fausto Silva, o apresentador Faustão. Atualmente com programa na TV Bandeirantes.


Por longos anos, foi apresentador do programa, o domingão do Faustão, na Rede Globo.  E aqui, em citar seu exemplo, não existe nada fora dos padrões e obediência aos postulados e canones éticos e de privacidade porque o caso clínico dele se tornou público, até por ele mesmo gravado e divulgado. O que o torna ainda mais popular e elogiável pela atitude de desprendimento e dar conhecimento a todos de sua condição clínica. Seu diagnóstico era  de insuficiência cardíaca grave, por isso o transplante cardíaco, em 27.08.23

Neste ensejo, deixamos aqui nossa solidariedade ao comunicador Faustão, nossa torcida e preces a Deus, para que o abençoe, o proteja; e abençoe igualmente a toda a equipe médica do Hospital Albert Einstein, onde se encontra internado, sob os cuidados do staff de Cardiologia desse renomado e muito bem capacitado e estruturado Hospital, em todas as especialidades médicas; exemplo para o Brasil e para o mundo em um atendimento altamente técnico e humanizado.  

O que a Medicina sabe hoje sobre a obesidade é tratar-se de uma doença com um amplo espectro de fatores mórbidos, com significativos efeitos na qualidade e expectativa de vida de seus portadores. Dentre esses temos o diabetes tipo II, a hipertensao, a dsilipidemia, os sintomas limitantes para a vida social e trabalho, a predisposição para câncer e doenças cardiovasculares (hipertensão, infarto, AVC, arritmias), maior risco de neoplasias malignas e discriminação no mercado de trabalho.

A doença passou a ser muito mais estudada no curso da pandemia da covid 19, classificada como uma comorbidade de alto risco de agravamento da infecção pelo coronavírus. Sabe-se hoje, mais do que antes, que a gravidade dessa comorbidade tem relação linear com o grau do sobrepeso. Assim, os indivíduos com obesidade mórbida, na fase aguda de covid podem ser afetados por insuficiência respiratória, como se estivessem em crise asmática aguda, necessitar de assistência ventilatória e alto risco de morte, como mostram as estatística da pandemia da covid 19.

A obesidade, com suas consequências metabólicas, endócrinas e inflamatórias deve ser compreendida não apenas como mera deformação anatômica, mas como uma doença de efeitos sistêmcos devastadores. Uma característica dessa pandemia, é que trata-se de uma doença insidiosa, paulatina, silenciosa. Na maioria dos casos, ela resulta do chamado estilo de vida insalubre. Aquele ritmo de vida em que a pessoa vai se acomodando ao ganho de peso. Resultado de outros fatores de risco como o sedentarismo e uma dieta desbalanceada e hipercalórica.

As especialidades médicas, recomendam que a prevenção da doença se faz na infância, onde deve-se educar a criança a um cardápio saudavel, a prática da diversão física e nao na frente de computadores e teletelas, às atividades recreativas e físicas; hábitos esses que devem ser incentivados por toda a vida.

 

Posts mais recentes

Os charlatões da FÉ e da política

  Estamos em plena era de conquistas científicas e tecnológicas, e mesmo assim, como vicejam, vigoram e recrudescem as práticas de charlatan...