Os assassinos de escolas

 O brasil inteiro, mês de março e início de abril de 23, vem assistindo aos terríveis e medonhos ataques de indivíduos tresloucados (três vezes loucos) a escolas de ensino fundamental. Dois sãos os casos emblemáticos. Um do adolescente que matou uma generosa e abnegada professora, cujo ideal de vida sempre fora o de ajudar a criar, educar e formar pessoas, a partir da infância. Referido criminoso adolescente só não fez mais vítimas porque uma corajosa professora de educação física, testemunha de inominável atitude delituosa conteve o agressor e o impedir de atingir outras pessoas. Uma heroína! Foi em São Paulo.

O segundo e muito simbólico caso dessa violência que grassa e viceja pelo país se deu na creche Bom Pastor, no vale de Itajaí, Blumenau – SC. Quatro crianças entre 4 e 7 anos foram executadas brutalmente a golpes de faca e machadinha e outras 5 feridas. E assim, outros casos concretizados em várias partes do Brasil e mundo afora, Estados Unidos, principalmente. E vamos então a algumas noções e origens de tanta violência, tanta cultura do mal, da banalização do mal como um dia expressou a notável Hannah Arendt, em “A Banalização do Mal”, numa referência aos crimes perpetrados pelos nazistas no holocausto. Vide o livro pertinente de Arendt “Eichmann em Jerusalém” (1963), onde com maestria e profundidade essa magnífica autora fala sobre aqueles que podem de pessoas comuns se tornarem monstruosas em função e influência de ideologias ou a mando e comando de outros líderes e fanáticos, a exemplos de um Hitler, um Mussolini, um Stalin, um Trump e outros de mesma igualha.

A violência, a agressividade, o instinto de extermínio, de vingança, de domínio do outro, de humilhação. São sentimentos primitivos inerentes e somente da espécie humana. Nenhum outro animal, bicho qualquer é capaz de exterminar indivíduos da mesma espécie ou diferentes pelo simples gesto por exterminar. Os selvagens abatem outros como forma de alimentar desse outro ou numa rivalidade de procriação, ou como defesa natural de si próprio ou dos filhotes e território. Basta assistir às matilhas de lobos nas selvas e bandos de felinos nas savanas africanas.

Como filosofou muito bem o filósofo Nietzsche e outros de igual teoria, os humanos somos animais de rebanho ou de manada. Trazemos internamente a tendência da imitação, da cópia, de seguir um grupo, a manada, um guia. Para o bem ou para o mal. Em se falando de Brasil, gostamos muito de mimetizar o que fazem de bom e de ruim os EEUU. No caso aqui em tela, violência e agressividade, ódio. Qual o país com mais liberdade de expressão, de ação, de direito de posse e porte de armas, de preconceito racial e discriminação? Disparadamente os EEUU. Que em efeito manada e cascata disseminam essas condutas e liberalidade criminosa mundo afora.

Eles produzem muito de belo, de artes, de cinema, de literatura, de tecnologia, de Ciências. Nesse quesito não há uma 2ª opinião. Pacifico e indiscutível. Mas, também produzem e disseminam o que há de pior em termos de civilidade, de ética, de humanização, de convivência amorosa e respeitosa. Radicais, direitas extremistas, culto às armas, ku, klux klan, partido político nazista, etc, etc. O cidadão americano sem um primeiro crime pode comprar até um fuzil. Insanidade pura, no mais requintado grau e essência.    

Com o mandato do fanfarrão, extremista e histriônico presidente Donald Trump, toda essa ideologia ruim, de violência, de supremacia branca, do nós América contra o outro vieram em ação. E em se falando de Brasil, houve essa simpatia de nosso ex mandatário mor Bolsonaro, essa imitação com esse espírito e atmosfera americana. Simpatia, cópia, imitação, culto do extremismo, culto às armas, ao ódio de outros que não pensam igual, de armar as pessoas.

Em conclusão, a violência de lobos solitários como no caso do criminoso adolescente de São Paulo, como no outro de Blumenau, essa violência e agressividade trazem estreitos nexos com a influência da sociedade e liberalidade americana, com a tentativa de golpe dos extremistas bolsonaristas e radicais de janeiro de 23 aqui no Brasil, que não aceitaram a derrota de Jair Bolsonaro. Tudo a ver umas coisas com as de fora (EEUU) de gente tresloucada e golpistas de aqui. Efeito rebanho ou de manada e de líder fanático e tresloucado. Imaginem bem! a que ponto de civilização e convivência chegamos: escolas, o espaço que deveria ser sagrado de formação de gente, se tornar um estabelecimento de medo, de insegurança e perversidade. Insensatez e insanidade na quintessência. Quão triste!

João Joaquim 

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