A PRIMEIRA MESTRE

 A MÃE NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

E assim caminham as pessoas nas suas esquisitices, nas suas idiossincrasias, nas suas estranhezas e excentricidades. Quem o afirma não sou eu nem ninguém, mas as pesquisas neurocientíficas, a Psiquiatria e a Psicologia Positivista. Com efeito e para deixar muita gente contrafeita, foi elaborada curiosa e instigante pesquisa dos valores abstratos e concretos a que se dedicam levas e rebanhos de pessoas nas suas fainas e tribulações diárias. É de se registrar que o ser humano é um animal de rebanho (filosofia de Nietzsche), de manada, de grupo. Em geral, as pessoas seguem cega e acriticamente as tendências, as vigências, as indicações e marketing da sociedade, do mercado, das doutrinas mercantilistas, do sistema de consumo; de tudo quanto as grandes escolas do consumo recomendam.

E qual é, nos tempos modernos, a grande escola vigente?  A escola que tudo dita hoje e amanhã, a que todos aderem e consomem irrestritamente? Desenganadoramente é esta mesma. Acertaram os leitores e leitoras. A universal, a global Universidade Internet não Ltda (sem limites). Porque esta escola tem alcance, tem audição e visão mundial. E engana ser gratuita, porque seus patrocinadores pagam milhões para propagar e vender seus produtos via online e pela rede. E assim, todos vão sendo enredados, sem censura, sem crivos, liberal e democraticamente.

Diversos têm sido os estudos, os ensaios e experimentos concernentes à Educação Brasileira. Sabe-se por censos, estatísticas e comparação que com a popularização e massificação da Internet e Redes Sociais, o rendimento escolar, a educação das crianças e jovens vêm sofrendo um declínio. Com a pandemia da covid 19 o que estava ruim piorou.

A pandemia da covid 19 veio de fato piorar o que já estava ruim. E tem a ver com a formação educacional, com o nível escolar e cultural dos pais (os adictos e viciados na Internet). Neste caso é que se aplica a lei de Murphy: “se algo pode dar errado, dará” Murphy. Nessa nevrálgica questão da educação, o que esperar de uma criança, de uma filha (o) de uma troglodita mãe que passa a maior parte do tempo com um celular preso nas mãos. É obvio e ululante que essa criança crescerá e mimetizará os hábitos da mãe e do pai. Muito mais da mãe que do pai, porque a ligação é mais umbilical e uterina.

Já existem vastos estudos na questão educacional atinentes ao papel marcante e determinista da mãe na qualificação educacional e cultural dos filhos. A influência do pai também entra nesse contexto. Entretanto, por um vínculo literalmente uterino e protetor da mãe, ela se torna mais substancial. São dois braços de estudo. Ei-los.

Tomou-se aquela mãe/pai que comprou um celular para a filha (o) de baixa idade,” olha só, minha princesa, o meu príncipe agora tem um celular”. Ambos com 8 anos, 10 anos de idade. E essa criança com livre acesso a jogos, a redes sociais, a vídeos, a whatsApp. Redes sociais para criança! Estarrecedor!

No outro braço de estudo, aqueles pais que foram mais racionais, criteriosos e educativos com os filhos. Estímulo ao gosto da leitura, escrita, redação, desenhos. A permissão ao uso do celular somente depois de 12 anos de idade. Ora pois! Respondem os estudos, e nem de tanto precisa! Simplório e retumbante! O quanto a filha ou filho da 2ª família terá melhores índices escolares e culturais. Essa criança estimulada ao gosto da leitura, da escrita, do Português e Matemática está fortemente inclinada a se tornar um adulto (a) bem adaptado, equilibrado, produtivo e cooperativo em todos os afazeres profissionais a que se dispuser a prestar, como pessoa autônoma.

Porque esse é um ponto nevrálgico e marcante no processo educacional e construtivo do sujeito, do indivíduo e cidadão. Os pais representam os educadores mais decisivos, para o bem o para o mal. Para formar um cidadão produtivo e trabalhador ou para gerar um folgado, frágil e incapaz indivíduo. E nessa missão de sucesso ou fracasso a mãe assume uma marca crucial, determinante e irreversível.

Imagine agora aquela mãe, já com 10 ou mais lustros etários, com uma criança de baixa idade. Mãe para a qual a sua magna lide e labor diário é a conexão com a Internet e whatsApp. A criança por permissividade de quem deveria educá-la e colocar limites, do que deve e não fazer, tem as mesmas regalias e fruição, liberdade. O que esperar quando adulta? Como profere o adágio popular: “potrinhos de pangarés não se transformam em mangas-largas; nem pintinhos de galinha em águias”. É a lei da natureza, do meio social e maternal, na forja e construção da pessoa. Pau que nasce reto, mas se educa torto, torto morrerá.

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