ELE é Tão inteligente

 

Todos nós que escrevemos, que opinamos, que emitimos nosso parecer sobre este ou aquele tema, sobre questões de comportamento, da conduta e tendências, louvamos muito quando podemos falar e opinar com fundamento nas palavras, nos ensaios, em pesquisas das Ciências, no que pensam outros cientistas e fontes de saber e conhecimento.

Neste sentido, a bola da vez é ela, sua majestade, a internet. Enfim, a vida das redes, o mundo virtual e todos os seus derivados. São assim as, hoje, tão propaladas e propagadas redes sociais. Redes a que muitos chamam de antissociais. Tendo em conta que elas não têm nenhum crivo, nenhuma triagem de qualidade, de construto para os seus usuários, para os internautos (náufragos da existência para muitos).

 

A Fábrica de Cretinos Digitais. Este é o título do último livro do neurocientista francês Michel Desmurget, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França, em que apresenta, com dados concretos e de forma conclusiva, como os dispositivos digitais estão afetando seriamente — e para o mal — o desenvolvimento neural de crianças e jovens.

"Simplesmente não há desculpa para o que estamos fazendo com nossos filhos e como estamos colocando em risco seu futuro e desenvolvimento", alerta o especialista em entrevista à BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC.

As evidências são palpáveis: já há um tempo que os testes de QI apontam que as novas gerações são menos inteligentes que anteriores.

Os principais alicerces da nossa inteligência são afetados: linguagem, concentração, memória, cultura (definida como um corpo de conhecimento que nos ajuda a organizar e compreender o mundo). Em última análise, esses impactos levam a uma queda significativa no desempenho acadêmico. São conclusões contundentes, provocativas, graves.

E aqui podemos nos alicerçar para nossos comentários. De há muito que me alinho com aqueles que pensam sobre o impacto do uso viciante, dependente e fútil da Internet e todos os seus aplicativos e recursos. O uso desmesurado da Internet, das mídias digitais, das redes sociais, vem embrutecendo, aparvalhando, ou criando uma legião de idiotas, de cretinos. Esses resultados, não se constatam apenas em adolescentes, em jovens muito jovens. Eles se fazem presentes em muitos adultos acima dos 40 anos de idade. Em homens e mulheres que imergiram nesse mundo virtual, assim que ele surgiu, final dos anos 90(1990). Muitos dos indivíduos que tinham 20 anos ou 30 anos nos anos 2000. Muitas dessas pessoas se embriagaram, se viram embevecidas, modernizadas, atraídas por essa nova maravilha surgida no final do século XX.

Agora esses iniciados jovens sãos os quarentões, os cinquentões que não vivem mais desconectados ou desgrudados de uma maquinha chamada celular. Onde eles estão ou vão, se veem obrigados, ou automatizados a portarem esses dispositivos, que pouco ou quase em nada se usa como telefone celular. São microcomputadores de mão, de bolso, de bolsas. Ali grudados e inseparáveis porque existe uma necessidade da conexão, a vida online. Do contrário, serão vítimas de uma nova doença a nomofobia(no mobile phone phobia= medo de ficar sem o celular)) ou fomofobia(fear of missing out= medo de ficar de fora). Ou seja, fobias, medos de ficar sem o aparelho ou ficar desconectado da Internet.

São então os adultos quarentões e cinquentões de hoje. Muitos desses embriagaram tanto, se atoleimaram e se tornaram tão abilolados(idiotas) que tiveram um declínio, continuam tendo, hão de continuar a ter, graves perdas ou declínio de sua capacidade criativa, do pensamento lógico, da aptidão de abstração, do conhecimento construtivo e útil.  Perversidade cultural no mais alto grau. Todos continuam sustendo a fábrica de cretinos, de idiotas, de néscios e aloprados. Uma legião de pessoas, cuja ocupação máxima se resume a essa maquininha de 2 polegadas.

Todos os estudos, todos os especialistas na dependência digital (vide estudos da USP, Unifesp) vêm alertando o mundo, as pessoas adictas, as famílias, as escolas, pais e professores. Mas, o apelo comercial é tão persuasivo que parece inútil qualquer estudo, qualquer advertência. São efeitos que sugerem sem volta. A internet e as ubíquas redes sociais, se tornaram hoje, como que a universidade globalizada. Todos os adeptos e dependentes se tornaram uma classe de especialistas em tudo. Todos opinam e debatem sobre qualquer assunto, em tudo. Dos assuntos os mais triviais, como o parto de um ovo da galinha, do cio da cadela, das sarnas dos bichos, das receitas para emagrecer, até algum assuntozinho mais sério, como o prato do dia, a viagem ao lugar tal, ao encontro com os amigos de forma física, etc. E aí há até a banda podre das redes, aquelas pessoas, que esgaravatam a vida alheia, que faz fofoca, que faz alienações de toda ordem. São os experts em tudo, em tudo mesmo que seja raso, rico de platitudes, de abobrinhas, de futilidades, de um vazio absoluto.

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