Internet e redes sociais imbecilizam as pessoas

 Interessante e elucidativa pesquisa foi empreendida por uma equipe de Psicólogos e Neurocientistas da Universidade Nacional da Coreia do Sul (sobre). Foi sobre a patológica adesão e busca dos usuários de internet e Redes Sociais. O foco da pesquisa foi o porquê de as pessoas se tornarem adictas, viciadas, dependentes da conexão com internet e redes sociais. Nesse sumário artigo estão os pontos mais chamativos do Estudo.

Ainda nesse contexto do Estudo e sobre as Políticas Pedagógicas da Coreia do Sul com a Internet, com os recursos de Informática, mídias digitais e redes sociais nas Escolas de Ensino Fundamental e Universidades. A Coreia do Sul e as nações nórdicas (Suécia, Islândia, Dinamarca, Finlândia, Noruega) são exemplos para o resto do mundo de como usar de forma racional, utilitária e produtiva, educacionalmente falando, todos os recursos virtuais, no aprendizado, no aproveitamento escolar. As crianças, maciçamente, são educadas, desde cedo como usar um tablet, um notebook, o quanto usar, o que usar via esses dispositivos artificiais. Há limites e critérios de bom uso!

Ao que parece quanto mais analfabetos e atrasados os povos, menos critérios e racionalidade existem dos governantes, dos gestores públicos, dos educadores e escolas no emprego de Internet, objetos digitais e mídias na educação de crianças, jovens e adolescentes. O Brasil, embora, sendo uma nação emergente, entre as 12 maiores economias, faz mau uso de Internet, celulares e redes sociais. Neste quesito funciona como país terceiro-mundista! Quão triste e melancólico! Sequer o marco da Internet proposto pelo Congresso Nacional, desde 2014, andou! Patina, patina e não sai do papel. A profusão de bobagens, mentiras, pós verdades, fake news, futilidades e baixaria que circulam em Internet e redes sociais, dariam asco e nojo até aos habitantes de Sodoma e Gomorra! Tudo de horrorizar coreanos e finlandeses! Um cenário sem leis essa tal de Internet e redes sociais para crianças e jovens.

Então, sobre o Estudo Coreano sobre as origens e motivos de as pessoas, notadamente crianças e jovens, se tornarem tão viciadas, aditivas de Internet e Redes Sociais. Está em jogo o sentimento ou pulsão interna da curiosidade. É um sentimento inato dos animais, inclusive dos irracionais. A curiosidade é este sentimento que impulsiona as pessoas a desvendar as coisas, o conhecimento, ao funcionamento de tudo que nos cerca. Este sentimento se faz mais presente na crianças e adolescentes, porque elas querem desvelar, revelar as coisas. O que? Onde? Como funciona? Para que serve? Quem? São essas perguntas fundamentais da curiosidade das crianças, adolescentes e jovens! Pena que esse sentimento inato das crianças e jovens não é canalizado sempre para o bem; por falta de critérios, monitoramento e instrução de famílias e escolas.

Vem desse Estudo coreano, mais essa constatação, esta análise. Não é novidade e nenhuma descoberta, que quanto mais jovem uma criança toma contato com a Internet e seus recursos (aplicativos, games, desenhos, vídeos) maior o risco de ela se tornar adicta, viciada e dependente digital, nos mecanismos de uma dependência química (álcool, maconha, cocaína, fentanil, opioides). Os neurônios viciam e não esquecem esses atrativos. Essas células são preguiçosas e tudo que vem pronto, facilita a adesão e busca incessante, repetidamente essa satisfação, essa curtição. Esse é o grande risco do gesto de experimentar uma droga como a maconha, o crack e opioides! O efeito é rápido, de curta duração, então há uma ânsia em usar de novo.

A conclusão do Estudo é essa. A curiosidade é uma impulsão inata, interior e comum a todos os animais. Os humanos exercem a boa e utilitária curiosidade em adquirir conhecimentos das coisas que o rodeiam, em desvendar a função de tudo que nos cerca, como funciona, a finalidade de cada fenômeno. Entretanto, para muitos indivíduos, essa curiosidade resvala para a bisbilhotice, para as futilidades. Tem-se assim, o mecanismo fulcral, central de as pessoas se tornarem em permanente estado online. O que fulano ou sicrana fez? O que ela está me dizendo? O que ela fez na festa? Que comida? Que roupa? Com quem estava? O que ela quer me dizer? Qual a bizarrice nesse vídeo e notificação? Curiosidade que infantiliza, imbecis tornam as pessoas e adictas! Conferir uma notificação, os likes, os vídeos, as fotos, as postagens, não exige nenhum esforço mental, cognitivo, de pensamento abstrato. Ler e interpretar uma afirmação, uma frase, um bom texto exige inteligência e raciocínio lógico, bem elaborado. Na internet, quanto mais fútil e inócuo, menos esforço mental!

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