PEC de privatizar a luz solar

 Não importa quem proferiu a famosa frase, mas que ela revela muito do que somos em Política, ah, isto sim! A frase: o Brasil não é para amadores. Dizem que foi dita por Tom Jobim nesses termos: -O Brasil não é para principiantes - e depois passou a - O Brasil não é para amadores, o que dá na mesma.

O instigante e até hilário é que nossos notáveis congressistas não se pejam do que fazem, do que legislam, do que propõem como proposta de emenda constitucional – PEC-  Sigla que lembra o pecado e ofensa que nossos representes fazem. Muitos em nome de Deus, e eles, agentes públicos, no comando! Em nome de Jesus e Deus no comando.

Como lenitivo e a não cobrança aos nossos parlamentares (com os nossos lamentares de sempre) há a lepra do analfabetismo de parcela majoritária de nossa população. Basta a estatística amplificada que abarca os analfabetos funcionais, os semianalfabetos e os absolutos. Estes, como nasceram, permanecem zerado de compreensão do que seja assinar o nome ou ler um endereço. Dos funcionais, existem os absolutos porque não conseguem entender um artigo da Constituição Brasileira, ou mesmo compreender um manual de instrução de um liquidificador.

Então funciona assim: esse contingente considerável de brasileiros é que dá o que se pode chamar de folga e respaldo aos nossos representantes compostos de Deputados (deputações) e Senadores (alguns nadas senhoris, porque jovens). Agora, uma coisa é certa, analfabetos votam. A lei e direitos humanos permitem que até analfabeto absoluto vote. São adestrados e treinados para apertar a tecla da urna eletrônica. Tipo voto fisiológico, eu te ajudo e você vota em mim. Esses tais eleitores, sequer sabem depois em quem votaram. Daí porque nossos congressistas não são cobrados das leis propostas, e algumas aprovadas pelas duas casas legislativas. Para eles Evohé; para os pensantes e críticos, arre!

Dois exemplos das esdrúxulas propostas de leis: primeiro exemplo, revogação da Lei de Delação Premiada. Este instituto legal, permite que um criminoso, como que arrependido de seus delitos e corrupção, delate e denuncie os seus comparsas ou chefe de quadrilha (alguns políticos por exemplo ou ex). O que traz benefícios para ele, na isenção ou abrandamento da pena e colabora com a Justiça e Estado na persecução penal dos membros da quadrilha; muito comum no Brasil, onde estão envolvidos agentes públicos, presidentes, ministros, políticos e empresários corruptores. Além de recuperação de patrimônio público, dinheiro desviado etc. Então existe uma corrente, um corrilho ou quase quadrilha de parlamentares que querem derrubar esse instituto legal, vigente no ordenamento jurídico brasileiro. Ou seja, simples saber as razões, uma clara e obvia defesa corporativa. Do grupo, do grupelho, da corriola.

O segundo exemplo: certo senador da República, Flávio Bolsonaro, veio com uma PEC, da privatização das praias brasileiras. Não menos descabida quanto estapafúrdia, tal ideia constitucional. Fosse aprovada tal emenda, não demoraria e viria algum parlamentar defendendo privatizar a luz solar, a temperatura, as chuvas, o vento etc. Só mesmo na cachola desses insolentes “homens de estado” (de coisas) podem caber caraminholas dessa natureza! Essas são as chamadas jabuticabas do Brasil. Só de Brasil, de terras pindoramas. Ah. Eh.

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