O ELOGIO DA DESONESTIDADE, ATÉ ELA

 Não! Não devemos descrer e descreditar das pessoas, até que cada uma de per si mostre o que faz, a partir de seu potencial cognitivo. Não custa lembrar, muitos são os indivíduos que nascem com os mesmos potenciais dos outros. Mas, não os desenvolvem. Ficam ali quiescentes como sementes guardadas e até apodrecem ou sofrem ação parasitaria, da traça, das formigas, insetos, fungos.

Existem muitos atributos e predicados inerentes às pessoas, exclusivos (enfatizem-se) do bicho humano. São características que diferem o ser humano de outros animais, de há muito categorizados como animais irracionais. Entrementes, a intrigante questão: o que eles fizeram ou fazem diferente dos humanos, para receberem esse qualificativo de irracionais? Basta observar de que são capazes muitos bichos ditos sem racionalidade.

Dentre os qualificativos ou atributos dos humanos, temos a inteligência superior (mas, os irracionais também possuem sua inteligência). OS humanos TRAZEM mais: o raciocínio lógico, o pensamento abstrato (abstrações), a consciência da mortalidade, entre outros atributos.

A partir desses atributos e faculdades, o indivíduo tem o potencial (inato, congênito) em conquistar (pelo aprendizado, estudo, treinamento, ensaios) outras atribuições inerentes ou exclusivas dos humanos. São características e predicados a ser adquiridos conforme a energia mental, intelectual e laborativa de cada pessoa. São condições e atributos que vão sendo incorporados à pessoa, às expensas de sua ambição e esforços pessoais. Todos podem ter cobiça e ambição de crescimento como humanos.

Entre esses atributos estão como exemplos a formação escolar e profissional do sujeito, o seu cabedal cultural, sua consciência e formação moral e ética, sua participação solidária e fraternal com todas as pessoas. Afinal, devemos nos considerar uma única raça, e somos todos irmãos. Noção esta compartilhada por poucas pessoas. Nunca é inócuo e inútil lembrar que os qualificativos éticos e morais do indivíduo se fazem substancialmente pelo aprendizado, pela repetição, pela experiência e treinamento no convívio familiar e escolar, nos contatos sociais de entretenimento, educativo e de lazer. Recomendo a leitura  magnifico livro: Ética a Nicômaco. De Aristóteles.

 

Se a criança, o adolescente e jovem, cada um de per si, se aprendeu errado e torto, errado e torto está destinado para sempre, quando adulto. Lei cósmica e da natureza.

Temos, assim, a regra educacional primeira: “pau que nasce certo e reto pode entortar conforme os ventos e influxos que recebe e morrer torto”. A família, como primeira escola detém essa nobre e enorme responsabilidade de: geração, criação e formação do indivíduo.  Cada um de nós é o corolário, o produto, bem ou mal finalizado, da família, existe um espelhamento dos pais e família nos filhos. “Dize-me de que família viestes (com quem andastes) e dir-te-ei quem serás ou és”.

 Lei da Sociologia e da Psicopedagogia. Em outras palavras, em se tratando de atributos e predicados, ou vícios e desvios sociais, e de conduta, se queremos compreender porque um indivíduo porta esses e aqueles vícios e defeitos, virtudes ou qualidades, basta melhor esquadrinhar a sua biografia na prática e nos feitos, começando pela família. Analise a família, os pais, o padrão educativo em que cresceu, os exemplos, os modelos copiados e repetidos. Vem daí a infalível lei existencial, a Ontologia repete a Filogenia, o indivíduo repete o grupo e a espécie.

Foi assim, que a personagem desonestidade fez elogios à honestidade. Sinceramente, disse a desonestidade, eu tenho inveja de você, honestidade. Não sei porque, mas uma energia interior me leva a fazer o que eu faço, ser desonesta! Arre! Arrepios!

 

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