Com efeito e passadas as eleições gerais para presidente e governadores, o Brasil assistiu estarrecido à tentativa de golpe e tomada de poder. Esse dia, 08.01.2023, tem sido chamado de dia da infâmia. São palavras de sociólogos e constitucionalistas. Lá nas origens vinha noticiando o ex presidente Jair Bolsonaro que as urnas eletrônicas são sujeitas a fraudes, não confiáveis, passiveis de invasão por hackers e crackers. Mas, nunca provado e documentado materialmente, apenas teorias, fabulações, hipóteses pelo ex mandatário-mor e seus defensores. Tal conjectura e fabulações foram sendo encampadas e tidas como verossímeis por acólitos, sectários, apoiadores e eleitores do ex presidente.
E tais palestras, prédicas e
invencionices, impregnadas nas mentes e procedimentos dos simpatizante. E elas
produziram reações de protestos, de apoios e atitudes extremas que chegaram a
esses desatinos e insensatezes, maldades e atos de terrorismo.
Para esses apoiadores a imprensa e a
história criaram até nome para esses discípulos e simpatizantes: bolsominion.
Para melhor entender o significado, bolso de Bolsonaro, e minion como sinônimo
de servo, servil, adulador, submisso e lacaio. São levas, rebanhos de pessoas,
tidas e declaradas como minions. Nessas multidões de apoiadores, há gente de
todas os estratos sociais: Gabriel Medina, o surfista brasileiro; Andressa
Urach, a miss bumbum. Ou seja, o que se vê é abundância de pessoas adeptas das
ideias do ex presidente Bolsonaro. Vá lá entender!
Origem à parte desses manifestos e manifestantes,
tornemos ao que interessa, o dia da infâmia. Como largamente provado,
registrado e gravado por imprensa, rádios, mídias digitais e internet, foram
hordas de terroristas, milhares de insurrectos, predadores e vândalos. Nas ruas
de Brasília, nos arredores e arrabaldes da Capital Federal, havia turbas de
indivíduos abilolados, tresloucados, quadriloucados, que em absoluto desvario e
inclemência, invadiram os prédios dos poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário. E nessa orquestra dantesca e insana destruíram portas, vidros, móveis
e obras de arte. Foram cenas inomináveis, diabólicas, ensandecidas (satânicas).
Ficam aqui perguntas melancólicas, de
grande pesar e consternação! Como estas: qual a culpa de um relógio que foi uma
doação do Rei D. João VI, em 1808? Qual a culpa de uma obra de arte do pintor e
artista Di Cavalcanti? Qual a culpa e participação do busto de Rui Barbosa?
Porque este levou uma pancada na cabeça e teve afundamento de crânio, do osso
frontal. Teria tido morte súbita se vivo ali estivesse!
E assim, foram outras depredações,
ruinas, mutilações, ofensas, roubos, crimes de lesa-pátria. Brasões e valiosos
móveis, símbolos do Brasil, de nossa cultura, de personagens de nossa história.
Foram feitas várias prisões, de
insurrectos, civis e militares. Muitos ali mesmo detidos. Afastados alguns
comandantes militares O governador do Distrito Federal, afastado do cargo
temporariamente. E outras autoridades regionais. Um exemplo emblemático foi a
prisão de Anderson Torres, ex secretário de segurança do DF e ex ministro de
Justiça do governo Bolsonaro. Imagine bem! Da Justiça!