ORAÇÃO DO USUÁRIO(a) DE REDES SOCIAIS
João Joaquim
Ó digníssimo senhor! Ó adorável criador! Senhor de todo provedor! Ó adorável criador do telefone celular. Ouvi a minha prece! Minha prece que faço por vós e seus criadores associados. Que Deus, o criador-mor do universo possa vos proteger nessa prodigiosa criação sem a qual eu não consigo mais viver. Que vossas inteligências continuem, ao contrário das nossas, em plena ascensão para nos abastecer de tão aprazível invenção.
Ó digníssimos senhores, proprietários, executivos e CEOs das operadoras de telefonia móvel! Não permitais aumento de custo monetário pelas ligações de nossos celulares. Afinal temos uma extrema carência de contato com nossos pares. Esses que navegam pelas ondas desses múltiplos mares da Internet, que alguns maldosos já a nominaram de InFernet.
Ó digníssimos senhores, vós inventores e criadores dos smartphones. Todos temos certeza que no panteão dos inventores lá para sempre jazereis os vossos nomes. O que vos pedimos é que não retrocedeis em vossos engenhos inventivos. E nos presenteiem a cada ano com esse objeto magnífico, mágico e tão criativo. Dele não prescindimos, por isso estamos vivos. Essa mágica telinha, que se tornou nossa irmã xifópaga.
Por fim, uma intercessão que vos fazemos, ó excelsos senhores! Criadores e fomentadores dos grandes provedores, das redes sociais, dos anunciantes e patrocinadores. Rogamos-vos com imenso fervor que mantenham as tantas informações que nos chegam de forma graciosa. Afinal, nós, usuários ou internautas somos os consumidores finais de todo esse cardápio de ofertas, de informações, de notificações e mensagens de toda natureza e qualidade.
Que as nossas selfies cheguem aos nossos destinatários na melhor cor, no melhor ângulo e pose. Que possamos continuar diuturnamente online com nossos vizinhos ou longínquos e virtuais amigos; nossos conselheiros (as) e parceiros para todos nossos desejos, aptidões, gostos, preferências e notícias. Que não sofram panes os aplicativos de nossas diárias lives.
Que não percamos o hábito, esse compromisso cotidiano, seja noite, seja dia, na alegria e na tristeza, onde quer que estejamos, nos jantares, nos clubes, no banheiro, nas igrejas, nos lares, na mesa, na cama, nas recepções de todos os serviços. Ó deuses das TIs, dos celulares, da Internet, do Face e do WhatsApp, AFASTAI de nós essa tão indesejada nomofobia e fomofobia, esses mórbidos medos que nos devastam quando estamos offline e sem os nossos fraternos dispositivos de conexão.
Que troquemos nossas fotos, nossas notas, as citações de nossos pratos, nossos chocolates, nossos doces, nossas sobremesas e tudo de nossas mesas de almoços e jantares. Nossas frases e palavras de ordens. Nossas figas, nossos amuletos. Nossas poderosas prédicas e místicas para purificar nossos pecadilhos e transgressões do dia a dia. Que assim se cumpram hoje e sempre. Amém!