Laços e Fitas

 

RELAÇÕES HUMANAS

João Joaquim  

São muitos os sentimentos que sustentam as relações humanas. Podemos destacar a amizade, o amor, a solidariedade, a gentileza, a filantropia. Atenção para a origem da palavra filantropia. Philos = amigo, anthropos = ser humano. As relações pessoais podem então se caracterizar por múltiplos sentimentos, objetivos e finalidades. Quer outros exemplos? O cooperativismo. Aqui trata-se de um sentimento e interesse comercial, onde todos trabalhou para o bem comum. Cada vez mais se vê essa modalidade de trabalho e relações profissionais.

Até aqui, nesta introdução, falamos daqueles sentimentos que permeiam as alianças humanas para o bem. Existem também alguns sentimentos, alguns compromissos e pactos entre as pessoas para o mal. Dois podem ser destacados, a cumplicidade e a convivência.

Os criminalistas e operadores do direito afirmam em uníssono que entre criminosos prevalecem alguns sentimentos do mal. Se eles são rivais e concorrentes prevalecem os sentimentos de inveja, de ódio e vingança. Eles se matam por pouca coisa. O motivo maior é a eliminação da concorrência. Quando atuam no mesmo grupo, muito mais que cooperação e amizade eles se guiam pela convivência e cumplicidade. Quando algum se desvia do objetivo criminal daquele grupo esse algum costuma ser eliminado, morto. Há um princípio entre os membros de se entretemerem, ou seja: prevalece também o sentimento do medo entre eles. Para ilustrar essa realidade basta estudar a história das máfias italianas. E nem precisa ir tão longe, a leitura dos anais da corrupção aqui no Brasil. É instigante e curioso averiguar de como se dão os conflitos, os acordos e cooperação entre os agentes do Estado e dos criminosos das empresas e empreiteiras que prestam serviços e roubam do país. Tudo fundamentado nos princípios do silêncio, da convivência e cumplicidade. São acordos muito característicos dessas alianças, dessas quadrilhas que saqueiam o patrimônio público.

Delimitou-se aqui de como se dão a convivência e relações sociais no mundo dos contraventores, dos corruptos e criminosos. A vida social das pessoas classificadas como normais e honestas é também regida por alguns sentimentos e valores próprios dos defraudadores, dos contraventores e criminosos. Basta ter em conta que em todo rebanho de ovelhas pacíficas, algumas representantes fogem desse padrão e obediência. Embora mantenham a mesma cor. Qual família que não conhece alguma laranja podre e malcheirosa?  Poucas famílias escapam! Esses membros parentais desviantes do padrão só sobrevivem porque alguém ou alguns do grupo dão lhes guarida e apoio e proteção. Ou seja, esses desgarrados dos padrões sociais buscam sob os mais engenhosos e elaborados expedientes a cumplicidade e conivência para a vida que levam; livres, leves e levianos. Para muitos desses folgados e expansivos faltou educação plena. Educação e amadurecimento em cada faixa etária. Por isso muitos permanecerão infantilizados para sempre, como teorias do psicanalista francês Donald Winnicott. Amém!

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