Amo ou não

 

                                     EU TENHO O DIREITO DE NÃO AMAR A TODOS

João Joaquim  

 

Todos já observaram como funciona o mundo dos outros animais. Os irracionais. E vamos aqui delimitar por que faz diferença. E mais, é útil fazer um paralelo com o nosso mundo. Somos também animais. Com este adjetivo: racionais. Ao que parece fomos chamados racionais porque temos razão! Racionalidade. Vejam quantos outros adjetivos daí decorrentes: racional, razoável, irracional, desarrazoado, etc.

Vendo então o mundo de nossos irmãos irracionais percebemos entre tantos instintos e comportamento o que? O quanto de conflitos existem, tanto entre indivíduos como entre as espécies. E são muitos os motivos desses conflitos: disputa por comida, espaço, território, poder, hierarquia. Como hierarquia basta ter em conta o conceito do membro alfa e não alfa. O alfa é aquele membro (macho ou fêmea) que se torna líder do grupo. Tal instinto e atributo se nota muito entre as matilhas de lobos e manadas de elefantes. Os demais indivíduos do grupo se tornam fieis e obedientes ao alfa. A referência aqui ao mundo animal vem no sentido do quanto são as diferenças no comportamento dos bichos.

Agora, no que respeita ao mundo dos humanos. Afinal, o homem (gênero) é classificado não só como dotado de razão (raciocínio, pensamento), mas de outros atributos: inteligência superior, aptidão emocional, senso crítico, discernimento do certo e do erro. Alma! E que atributo! Por isso o animal humano é um ser biopsíquicossocial. Fosse apresentado esse animal tão diferenciado a um extraterrestre, certamente esse ser de outro planeta logo iria concluir, nossa! Que belo! Que sujeito perfeito. A terra deve ser um paraíso, um novo Éden! Quero morar nesse planeta!

Quanto engano desse ET. Não sabe que o homem tem se caracterizado por ser um animal irracional, bélico, irascível, vingativo, destrutivo e pronto para agredir, retaliar e matar. E essa inclinação beligerante, fratricida e vingadora se faz pelos motivos mais ordinários, fúteis e torpes. Basta revisitar os registros da violência, as estatísticas de toda ordem de crimes no mundo e no Brasil.

Com base nessas assertivas e nesse parecer chegamos à conclusão da natureza, das características da convivência das pessoas. Ela se faz assemelhada aos elementos químicos da tabela periódica. Ali cada elemento tem seu peso atômico, o seu número de elétrons, sua capacidade de combinar, repelir, refutar e explodir uns aos outros. Com os humanos não é diferente, compostos que somos de átomos, de carbono, de íons, de aminoácidos, de proteínas, de correntes elétricas, de energia química, de magnetismo místico, de crenças, de espirito. Seja este espírito de corpo ou de porco.

É natural que as relações das pessoas podem ser harmônicas, pacíficas, cooperativas, solidárias; ou beligerantes, destrutivas, competitivas, tóxicas, muitas vezes de absoluta incompatibilidade. Então é simples, não custa repelir aquelas pessoas tóxicas, irascíveis que só nos trazem carga negativa, dissabor, rancor, e uma aura de perene tristeza e melancolia.  Por isso aquele ditado: lé com lé, cré com cré. Cada qual com o seu igual. De preferência. E mais, para que se entristecer se não deu certo com o João, com o José, com a Maria, com a Samanta, com a Sicrana. Nós somos bilhões de pessoas no Planeta. É natural que com alguns não demos mesmo muito certo

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