PARA NÃO LER

 

                            COMO CRIAR PESSOAS-PROBLEMAS

 João Joaquim  

 

Atenção senhores Pais, mães, cuidadores, tutores, educadores! Tomem uma criança em seus cuidados e façam dela o que quiser. Com este mote eu desenvolvo este sucinto artigo. A proposta é como através de um processo educacional de qualificativos éticos, morais e construtivos fazer de uma criança um adulto também com os mesmos qualificativos e mesmos valores éticos, morais e sociais.

NO reverso fazer o oposto. Ter uma criança sob sua guarda, sub sua influência e modelo e fazer dela um futuro adulto inservível, fútil, inútil e até delinquente. Tudo conforme a ausência de uma educação. Vai depender de os pais, os educadores ou responsáveis pela criança, tutores; não importa quem a educará. Esses primeiros educadores ( em geral os pais) estarão construindo um futuro jovem e adulto com graus variados de inutilidade ou problematização ( omissão, tudo pode, leniência, proteção, privilégios, imunidade filial).

Na esteira dessa não utilidade ou pessoas-problemas poderemos ter ainda na adolescência, permito-me empregar duas gírias que bem expressam a ideia= poderemos ter os chamados mauricinhos e patricinhas.

Mauricinhos e patricinhas são aquelas crianças e adolescentes criados (atente ao termo criação, não educação) com direitos a todos os mimos, brincos e objetos de entretenimento. Com um destrutivo agravante (ponto de vista educacional); se a eles não é atribuído nenhum limite corretivo.

Trata-se de um processo contra-educativo de alta eficácia na desconstrução do indivíduo. Termo algo até impróprio, porque na verdade esse indivíduo nunca se construiu na vida, ele nunca se transformou. Nasceu, e apenas existe. Nada de essencial. Vive como outro bestial qualquer.

Enfim, o que se quer mostrar neste breve ensaio é de como uma educação omissa, canhestra, tolerante e marcada por sim, sim, sim e nunca múltiplos nãos pode levar à criação de uma geração de jovens e adultos perdulários, irresponsáveis, dependentes eternos de quem os guiem, os socorram e os mantém no estilo de vida que foi a sua infância, adolescência e juventude. Esgotada a fonte de renda na manutenção desse estilo de vida há enorme risco de problematização familiar, delinquência, busca por drogas ilícitas e criminalidade.

O risco mínimo que correm esses filhos e filhas é eles se tornarem eternamente mauricinhos e patricinhas das famílias.

Como modelo de caso clinico e social imaginem aquele(a) filho(a) , de um casal não aficionado e apto a uma boa educação, porque também não recebdeu essa boa educação; e dar para esse filho de tudo que ele pedir, para o seu agrado, prazer e felicidade. São festinhas caras de aniversário, são objetos e joias de ouro, objetos e anéis preciosos, comidas e petiscos exóticos e os mais saborosos; a repetida mensagem e convicção a essa criança de que ela é um nobre da casa, um príncipe, uma princesa, de que não pode trabalhar, não pode ter alguma frustração, não pode sofrer limites e correções, etc. Pronto! Está estabelecida a receita para a formação de um tiraninho, um príncipe, um mauricinho ou patricinha. Enfim, um monstrinho e futuro adulto-problema. Só isso. Nada além disso. Comparado ao confeito de um bolo, uma torta. O conteúdo sairá exatamente conforme a casca, a forma, o invólucro. O líquido tomando o formato do frasco que o contém.

 

 

 

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