Normais e dependentes

 Quando se estuda o papel de uma mãe ou pai no planejamento familiar, todos deveriam gerar filhos com planejamento e controle de natalidade, e o Brasil é paupérrimo nessas políticas de saúde pública. Quando fossem engravidar, homem e mulher, eles deveriam ter um curso de preparação, um estágio probatório para paternidade e maternidade.

Ninguém faz isso, todos fazem no expediente de vai que dá certo! Homem e mulher engravidam como se fossem caninos. Ninhadas, sem planejamento e controle. Falta racionalidade, previsão, planejamento de como e quanto custarão a gestação, a criação (engorda ou crescimento), instrução, educação e formação escolar, até o término de uma faculdade desse filho (a). Todo jovem sonha com uma faculdade.

Neste ora breviário, quero propor de como criar ou engordar e formar um filho (um ser frágil) e dependente para quase tudo na vida, inclusive nos atributos mais triviais e vitais à uma vida digna, produtiva e independente.

Porque é justamente esse modelo que não se vê em muitas famílias, o preparo à uma vida participativa, laborativa, cooperativa, operosa, geradora de bens e receita, para o auto sustento. Formar um cidadão leva tempo, amor, ética e dinheiro!

 Levando em conta que a vida é um Teatro, há pais e mães que formam o chamado teatro mambembe, no estilo vamos tentar e vai que dá certo. Mambembe e tosco.

Há gente com este perfil, sem o mínimo de planejamento e controle de natalidade, faz da gestação mal planejada fábrica de crianças, adolescentes, jovens e tornam-nos pessoas classificadas como: “normais” portadores de necessidades vitais”. Explica-se: indivíduos que sem nenhum déficit anatômico ou mental são eternos dependentes de quem os ajudem nos expedientes elementares da existência; quais sejam; quartos arrumados, banheiros limpos, tênis lavados pela empregada ou mãe, roupas passadas, louças lavadas por mãe ou empregada doméstica.

Outras características muito presentes na vida desses marmanjos  e dependentes: ar-condicionado nos quartos ou carros que os transportem, comida sempre feita na hora e nunca as requentadas do almoço de mais cedo, sucos feitos na hora, carnes saborosas e assadas ou fritas na hora, nada de alimentos reciclados e guardados na geladeira. São filhos criados em bolhas e redomas. Privilegiados!

Mais algumas características: esses filhos costumam serem imunes a alguma obrigação que os tragam alguma frustração ou desilusão. Os objetos pessoais e roupas devem ser os da moda e grife. A Internet e redes sociais são livres, sem nenhum critério de conteúdo e tempo de exposição.

Nas escolas, fundamental, secundaria e faculdades. A reprovação é proibida, torna-se discriminatória. Professores que os corrigem estão sujeitos a queixas ao diretor da Instituição, e conforme os corretivos por faltas ou cometimento de algum ilícito ou atos antissociais e incivilizados e não éticos, esses educadores se assim agirem se tornam sujeitos até a abertura e queixa de discriminação no Ministério Público. Olha o risco que correm esses educadores. Vai e vem, a gente vê os exemplos noticiados pela imprensa. Diretores e professores sendo processados!

Prontas! Estão aqui postas algumas das principais indicações para se criar um filho folgado, frágil, carente, dependente, eterno peter pan, improdutivo, sem nenhum labor produtivo. Como um modelo feito e acabado de como a herança social vinda da família como um teatro tosco e mambembe tem a expertise de gestar, engordar, erar e construir um cidadão inútil, fútil, improdutivo e parasítico, dela própria família e do Estado dependente, porque muitos até aposentam! Imaginem!

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