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Involução do Caráter

 Muito interessante é o ponto evolutivo em que nos encontramos. Muitos são os saltos tecnológicos e científicos; e a revolução continua. Em todos os braços científicos temos recursos nunca imaginados. O que temos a lamentar é a não melhora do caráter humano. O cenário, em se tratando da índole, da falta de honestidade das pessoas, o contexto é tão feio que o senso comum, o vulgo classifica muitos dos indivíduos como os “sem caráter”. No que eu até intervenho, na intenção de melhor classificação. Eu penso que sempre sobra alguma coisa, algum farrapo de virtudes nos classificados “sem caráter

” O cenário social da humanidade é de fato de merecer preocupações. Há circunstâncias tão esquisitas que muitos feitos e atitudes tidas e havidas como ilícitas e desonestas vão sofrendo um processo de naturalização e normalização. Temos, assim, um fábrica do que se pode chamar de naturalidade e normalidade.

Assim pensando temos os chamados catalisadores desse processo. Na política por exemplo. Criaram o chamado gabinete do ódio, a central das fake News, as escolas de curandeirismo e charlatanismo. A seara aqui, a das terapias infundadas, se passa no governo nós contra os outros, e há ali nos recônditos palacianos de Brasília essas atividades. Seria o gênero nós contra eles. Ou nós contra as Ciências, as vacinas, as pesquisas.

A pandemia da covid 19 se tornou um exemplo expressivo e robusto de como várias atividades e expedientes humanos, sempre considerados pseudociências e charlatanismo ganharam vez, voz e até decretos presidenciais. Foram os casos do emprego (importação) dos medicamentos e kits, sem eficácia, administrados aos doentes de covid 19.

Mesmo com a intervenção da Justiça, da CPI da própria covid 19, da imprensa, milhões de pessoas, milhares de profissionais, muitos médicos e segmentos civis e militares continuam acreditando que cloroquina e ivermectina curam a covid 19. Após exaustivos ensaios e pesquisas clínicas, essa legião de pessoas (muitos) continuam acreditando em remédios para covid 19 e desconfiando das Ciências e das vacinas. Temos aqui o que se pode chamar de naturalização e normalização da ignorância (que alguns pronunciam ingnorância!). 

Um outro cenário que intriga e desperta a atenção de sociólogos e humanistas diz respeito às relações comerciais, financeiras e fiscais de muita gente. São aqueles indivíduos com vocação à mandriice (mandrias, daí mandriões). A falta de compostura , o ócio, a improdutividade e dependência financeira do Estado e de outras pessoas parentais vêm se tornando uma realidade encontradiça e cediça em nossas vidas, em nosso entorno familiar e laboral. O lema “o mar é um cérebro em laboração “deixou de ser pronunciado. O trabalho produtivo, cooperativo e solidário tem se tornado um projeto retrógrado na vida de muitos mandriões e mandrionas. Imagine a Previ Social, o INSS! Há informes que estão à beira da bancarrota, da falência mesmo.

O ócio improdutivo, as moratórias nos compromissos fiscais se tornaram regras normais e naturais. Ninguém mais se peja, se cora, se amofina ou se estressa em praticar inadimplência. O calote, contra quem quer que for ingênuo, está presente nas ralações humanas. Não importa o vínculo, se amistoso ou genético. Há lugares no Brasil, que estão abrindo fábrica de óleo de peroba. Tornou-se uma comodity rentável e vendável para um filão de consumidores. E faz sentido. Os incômodos do caradurismo, quando incomoda melhoram com óleo de peroba.



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